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Estado admite ampliar grupo que analisa futuro da Linha 18

Equipe de estudos sobre o modal que fará a ligação entre o Grande ABC e a Capital poderá contar com integrantes do Consórcio Intermunicipal

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
30/03/2019 | 07:00
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 O governo do Estado admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de abrir o grupo de estudos responsável por definir o modal de transporte que irá integrar o Grande ABC à Capital. A confirmação foi feita ao Diário ontem, uma semana após o início de campanha pela manutenção do projeto que prevê a construção da Linha 18-Bronze. Conforme o governador João Doria (PSDB), a definição sobre o tema será divulgada em junho.

Restrito atualmente a técnicos do governo do Estado, o grupo de trabalho, conforme a STM (Secretaria de Transportes Metropolitanos), poderá contar, a partir das próximas semanas, com o apoio de “outras instituições”, que devem ser convidadas a desenvolverem as atividades de planejamento da Pasta.

Embora não cite quais entidades poderão participar da discussão, a expectativa é a de que o Palácio dos Bandeirantes faça a convocação de representantes vinculados a região, inclusive, técnicos do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, que desde o início do mês já foram colocados à disposição pela entidade. A medida atende reivindicação feita por representantes da sociedade civil.

Temeroso com a possibilidade de novos atrasos no projeto, o governo do Estado tem realizado série de estudos a fim de definir a opção mais econômica e com melhor custo-benefício de modal para a população do Grande ABC.

Por meio de nota, a pasta disse que “está empregando todos os esforços necessários para desenvolver as melhores alternativas possíveis”. “O governo do Estado está ciente da importância de ampliar a oferta de transporte metropolitano na região do Grande ABC”.

IMBRÓGLIO

Anunciada em 2014, a construção da Linha 18 – que será feita por meio de PPP (Parceria Público-Privada) – previa inicialmente que o ramal a ser utilizado seria um monotrilho, projetado para ter 13 estações, saindo de Tamanduateí, em São Paulo, até o Centro de São Bernardo (parada Djalma Dutra), passando por São Caetano e Santo André.

No entanto, com a dificuldade de executar a obra, segundo o secretário da pasta de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, alternativas como BRT (sigla em inglês para sistema de transporte rápido por ônibus), que é um corredor de ônibus com maior capacidade e velocidade que um corredor convencional, estão sendo consideradas como opções de ligação do Grande ABC a São Paulo.

O modal, criticado por especialistas e representantes da sociedade civil ouvidos pelo Diário, também coleciona problemas em cidades espalhadas pelo País.

No Rio de Janeiro, o modelo tem sofrido, de forma precoce, com falhas que vão desde buracos no asfalto até falta de um sistema de drenagem, consequência de problemas na execução do projeto.

Já em Cuiabá, no Mato Grosso, abandonado antes mesmo do início de suas obras, o projeto do BRT acumula prejuízo de R$ 381 mil aos cofres públicos do Estado passados dez anos desde o anúncio da construção do corredor.




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