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Premiê do Japão espera reunir-se com presidente chinês em Jacarta
Da AFP
21/04/2005 | 11:24
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O Japão confiava, nesta quinta-feira, na possibilidade de uma reunião entre seu primeiro-ministro Junichiro Koizumi com o presidente chinês Hu Jintao, durante uma conferência multilateral em Jacarta, para acabar com a crise atual entre as duas nações asiáticas.

Por seu lado, a China manteve o suspense no momento em que suas relações diplomáticas com o Japão atravessam um dos piores momentos desde que foram estabelecidas há mais de 30 anos.

A crise sino-japonesa não figura na ordem do dia da reunião África-Ásia, mas o tema dominou as conversações à margem da discussões preparatórias entre os ministros das Relações Exteriores. Os dirigentes reunidos na Indonésia devem adotar no domingo uma declaração solene.

Os ministros, que representam mais de 80 países da África e da Ásia, preparam um texto que deve servir para definir uma nova associação estratégica e exigir a diminuição da pobreza, a melhoria das trocas comerciais e um esforço particular para os países marginalizados.

Japão x China - Pequim se nega a apresentar a retratação exigida pelas autoridades japonesas pelos atos de violência contra seus interesses na China durante as manifestações e reclama que Tóquio assuma seu passado militarista entre as décadas de 30 e 40 do último século.

Ao ser interrogado em Jacarta sobre a possibilidade da reunião entre Koizumi e Hu, o ministro japonês das Relações Exteriores, Nobutaka Machimura, se mostrou otimista.

O chanceler destacou que o importante era diminuir a tensão com a China, que apesar dos problemas políticos se converteu no ano passado no primeiro interlocutor comercial do Japão, superando os Estados Unidos.

Na quarta-feira, Machimura também havia ressaltado que esperava aproveitar esta reunião na Indonésia, que comera os 50 anos do tratado de Bandung, uma etapa da descolonização, para solicitar o apoio de outros países em favor da reforma da ONU (Organização das Nações Unidas).

O Japão destaca que é uma das principais fontes de financiamento da ONU e um generoso doador na Ásia e África para receber aprovação ao seu pedido de um posto permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

A China se opõe decididamente a esta reivindicação, que alimentou as recentes manifestações antijaponesas no país. Nas últimas semanas aconteceram violentas manifestações contra o Japão na China, depois que Pequim acusou Tóquio de minimizar as atrocidades cometidas pelas tropas nipônicas durante a Segunda Guerra Mundial em um manual escolar.




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