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Islândia: Terra dos Vikings

País abriga paisagens de tirar o fôlego e está de braços abertos para o turismo

Marcela Munhoz
21/06/2018 | 07:00
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pixabay


Tem gente que só ouviu falar sobre a Islândia há alguns dias, por causa da Copa do Mundo da Rússia. Afinal, como é o lugar de onde vieram os jogadores que, bravamente, conseguiram um empate contra a bicampeã mundial Argentina em sua primeira participação na competição? Pois os 23 atletas convocados são de pequena ilha europeia, descoberta pelos vikings, com 103 mil km² de área – pouco menor do que o Estado brasileiro do Amapá (142 mil km²). A capital, Reykjavik, possui 273 km² – São Bernardo, por sua vez, tem 409,88 km².

Essas comparações servem para dizer que o destino é pequeno para tamanhas experiências oferecidas. Tanto é que, vira e mexe, a Islândia figura lista dos países a se conhecer antes de morrer. Chamada de Terra do Gelo e do Fogo, é formada por vulcões – possui mais deles do que jogadores profissionais: são 120 atletas e 126 vulcões – e também por cavernas de gelo, piscinas termais (chega a sair água quente das torneiras), cachoeiras, gêiseres, fiordes, praias de areia negra, campos de lava, além dos fenômenos aurora boreal (acontecimento óptico que acontece em decorrência do impacto de partículas de vento solar com a alta atmosfera da Terra) e Sol da meia-noite (quando, em determinadas datas, o Sol é visível 24 horas).

Reserve, ao menos, uma semana para conhecer os principais pontos turísticos da ilha – muitos viraram cenários para a série da HBO Game of Thrones – e a melhor forma de fazer isso é alugar um carro. Se possível, que seja tipo que dê para dormir algumas noites. Tirando a capital, muitos locais do país ainda são selvagens. Aproveite os espaços de acampamentos. A maioria dos turistas faz o roteiro do Círculo Dourado, que reúne as três atrações mais populares do país e fica a meia hora da capital: o parque Thingvellir, a Cachoeira Gullfoss e os gêiseres.

O parque abriga vale gigantesco, resultado do afastamento das placas tectônicas da Eurásia e da América do Norte. O lugar tem também importância cultural, já que era o local de reunião dos chefes de clãs nórdicos e celtas no século 10. A cachoeira é a maior do país em volume de água, vale a pena fazer a trilha e chegar ao mirante para contemplar a vista. Já nos gêiseres – nascentes termais que entram em erupção periodicamente, lançando coluna de água quente e vapor de ar – a os registros das fotos são garantidos.

No outro dia, vá na Blue Lagoon (entrada paga), com águas geotérmicas formadas a 2.000 metros abaixo da superfície. É mistura de água doce e do mar. A temperatura é de 38ºC, o que propicia situação curiosa: banho quente em clima frio. Embora a Islândia não seja tão absurdamente congelante assim – gira em torno de 13ºC no verão de dia e – 7ºC à noite. A temporada é de junho a agosto, quando os preços estão mais caros – um dos únicos poréns da ilha é o alto custo de tudo. Então, a dica é se programar para ir na primavera, outono e inverno, quando é mais fácil encontro com a aurora boreal.

Sul do país tem outros atrativos imperdíveis
Não deixe de conhecer também a região de Landmannalaugar. A beleza do passeio já começa no caminho, com campos de lava e desertos de cinza complementando a paisagem até o vulcão Hekla, o mais ativo da Islândia. Além disso, o lugar é formado por cordilheiras pretas e montanhas coloridas de verde, vermelho, amarelo e laranja. Inclua ida até o lago LjotiPollur, formado dentro de uma cratera. De lá, é possível ver o vulcão Brennisteinsalda.

Também localizado no Sul do país, o Parque Nacional Skaftafell é formado, basicamente, por geleiras e lagos congelados. Dentre as muitas opções de passeios, os mais procurados são a Geleira Vatnajökull e a cachoeira Svartifoss. É o local ideal para fazer trilhas, observar a natureza nos mirantes e desbravar os roteiros. Tem também a geleira Langjokull, a segunda maior glaciar da Islândia e onde se pode observar o chamado ''gelo azul'', localizado abaixo da superfície. Continuando na região Sul do país, onde as belezas naturais se destacam, inclua uma parada para admirar o canyon Fjaorárgljúfur, que possui um dos mais belos e encantadores cenários do Sul do país. Possui 100 metros de profundidade e uma beleza indescritível.

Gastronomia é baseada em peixe e carneiro
Não se assuste ao pegar um cardápio tipicamente islandês. É que a comida é resultado de um método de sobrevivência dos primeiros moradores do país, com peixes e carnes conservados em salmoura ou secos. Nos pratos típicos tem bife de baleia, tubarão fermentado, cabeça de carneiro, carne de rena e assim vai. Também são bem populares bacalhau, hadoque, lagostim, salmão, caviar, além do aguardente da Islândia (Brennivín), o iogurte skyr, o lagópode-branco (ave) e, claro, o cachorro-quente. Prepare-se para gastar nos restaurantes (um prato custa cerca de 40 euros ou R$ 174). As bebidas alcoolicas também têm preço alto e só podem ser compradas em estabelecimentos controlados pelo governos.

Tirando os passeios pela natureza, quem quer curtir um pouco mais da parte urbana da Islândia o destino é mesmo a capital Reykjavik – em tradução livre, algo como baía fumegante. A cidade – que tem 123,3 habitantes, dos quase 350 mil do país todo – é também quem comanda o que eles chamam de Região da Capital, que conta com oito municípios. É o coração das atividades cultural, econômica e governamental do destino. A cidade foi fundada oficialmente em 1786 como centro comercial. Aparece na lista dos locais mais limpos, organizados, verdes e seguros do mundo.

Não procure por grandes prédios ou monumentos, que não vai achar. A graça são as casinhas com os telhados coloridos, parques, museus (inclusive um totalmente dedicado ao pênis) e restaurantes. Visite a igreja Hallgrímskirkja e o complexo turístico de Perlan. Endereço fascinante é o Harpa Concert Hall, cuja arquitetura foi inspirada na aurora boreal e parece um caleidoscópio. Solfar Sun Voyager é um dos pontos mais fotografados. A escultura – que lembra um navio viking, mas é na verdade um barco de sonho e uma ode ao Sol – está instalada na costa da cidade, com vista para o Monte Esja.

GUIA DE VIAGEM

COMO IR

A Islândia faz parte do acordo de Schengen, então, basta vir de algum voo da Europa para a conexão ser considerada doméstica. Não há voos diretos do Brasil. Se a viagem durar menos de 90 dias, não há necessidade de visto para brasileiros, apenas passaporte válido. O aeroporto é o Internacional de Keflavík (KEF);

MOEDA E IDIOMA
A língua nacional é o islandês, mas o inglês é falado por todos;
A moeda o krona (ISK). É fácil trocar dólares ou euros por kronur (no plural) na Islândia, mas é recomendado sempre fazer o câmbio na Europa, antes de chegar lá; 

DICAS
A água que sai das torneiras de todo o País é própria para beber;
A idade mínima para comprar bebida alcoolica é de 20 anos. As leis para quem é pego bêbado na direção são muito rígidas;
É proibido fumar em todos os restaurantes, cafés, bares e hotéis;
A voltagem é 220V e as tomadas são como as antigas brasileiras, com dois pinos redondos;
Durante quase todo o ano, a Islândia está sempre três horas à frente do Brasil. Durante o horário de verão brasileiro, essa diferença passa a ser de duas horas;
Simplesmente ninguém aceita gorjeta;
Por estar às margens do Círculo Polar Ártico, a Islândia tem dias longuíssimos no verão e noites intermináveis no inverno;

CURIOSIDADES
A Islândia só se tornou uma república em 1944, quando se separou do Reino da Dinamarca;
Quase todo mundo na Islândia é músico. A cantora Björk é de lá;
É o primeiro país a tornar ilegal o pagamento de salário menor a mulheres;
Os clubes de strip-tease foram banidos do país em 2010;
Os islandeses têm o costume de deixar os bebês tomando ar fresco do lado de fora das lojas enquanto fazem compras;
A nação ocupa a terceira posição no ranking entre os países mais felizes do mundo;
4 Thad reddast é o lema dos islandeses que se traduz como ‘no fim tudo dá certo’;

VEJA MAIS
http://islandiabrasil.com.br.




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