Setecidades Titulo Após investigação
Empresário da região é preso por morte no Interior

Morador de São Bernardo é suspeito de mandar matar advogado em Presidente Venceslau

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
19/06/2018 | 07:00
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André Henriques/DGABC


 Um empresário foi preso, na manhã de ontem, em seu apartamento, no bairro Nova Petrópolis, em São Bernardo, suspeito de ser o mandante do assassinato de um advogado em Presidente Venceslau, no Interior do Estado, no dia 13. Luiz Henrique Almeida Reis, 45 anos, estava com dois filhos pequenos no momento da prisão. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios de Santo André e, depois, levado para presídio localizado na cidade onde o crime ocorreu.

Conforme a polícia, a motivação do crime foi devido a Reis ter perdido ação judicial defendida por Nilson Aparecido Carreira Mônico, 55, e que tramitava havia 12 anos. O caso envolvia um funcionário da transportadora do suspeito, que matou um morador de Presidente Venceslau em acidente com o caminhão que o profissional, embriagado, dirigia. A viúva da vítima fatal entrou com uma ação indenizatória contra a empresa de Reis, a qual determinou o pagamento de R$ 1,5 milhão. Para que isso fosse efetivado, Mônico conseguiu a penhora de um dos imóveis do empresário, no Guarujá, no Litoral.

Sem concordar com a determinação, o empresário contatou o ex-policial militar Wagner Oliveira Andrade da Silva, 33, que era seu conhecido, para “conversar” com o advogado. De acordo com o delegado Adalberto Gonini Júnior, responsável pela investigação, não foram especificados valores pela encomenda do crime. “Encontramos R$ 2.000 com o executor no momento de sua prisão. O ex-policial disse que se fizesse o serviço o empresário lhe arrumaria um emprego.”

A dupla se deslocou até o escritório de Mônico, no Interior, onde Silva amarrou a secretária, uma cliente e a vítima, que foi atingida por três tiros – dois no peito e um no rosto.

O ex-policial, que, de acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública do Estado), saiu da corporação em 2012, a pedido próprio, foi detido pouco depois. Reis conseguiu escapar, na época. “Conversando com ele (Silva), mencionou que o mandante seria de São Bernardo, mas não quis dar nomes. Estudamos todos os processos do advogado e levantamos um da cidade, onde a parte interessada seria o empresário”, contou o delegado. “Segundo o ex-policial, foi o empresário quem forneceu a arma, amarras e fita adesiva para torturar a vítima. O empresário nega que a arma seja dele e afirma que levou o ex-policial somente para conversar (com Mônico). Mas ele (o executor) não era advogado nem tinha interesse na causa. Por que o levaria para conversar?”, completa o delegado.

Reis não tinha passagem pela Justiça. A polícia apreendeu três armas, cujas origens serão verificadas, munições calibre 38, um notebook e três celulares em sua residência. Atualmente, ele atuava no ramo de caçambas.

 




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