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Consórcio cobra do Estado posição sobre a Linha 18

Com novo governador, colegiado pede resposta sobre os atrasos da obra de ligação com Metrô

Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
09/05/2018 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Na primeira reunião do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC após a posse do governador Márcio França (PSB), a entidade adotou postura de questionamento e cobrança sobre os atrasos nas obras da Linha 18-Bronze, que prevê ligar o Grande ABC à Capital por monotrilho.

O primeiro movimento neste sentido foi solicitar ao representante do governo estadual no Consórcio, o subsecretário de Assuntos Metropolitanos, Edmur Mesquita, informações formais sobre o andamento das obras.

De acordo com o presidente da entidade, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), a falta de sinalização sobre o início dos trabalhos motivou o pedido. “O governo fez o terceiro aditamento para o início das obras (em 2017), que deve estar por vencer e queremos uma posição para saber se o projeto começa, quais as razões dos atrasos. Ele (Edmur) deve nos atualizar antes da próxima reunião”, comentou.

A última movimentação do projeto se deu no fim de março, quando o governo do Estado encaminhou, nos últimos dias da gestão do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pré-candidato à Presidência, mudança no projeto que visa garantir o financiamento das desapropriações.

Segundo a mensagem aditiva enviada à Assembleia Legislativa no começo deste mês, seriam necessários US$ 182,7 milhões (R$ 622,9 milhões, na cotação de ontem) para execução da obra, orçada em R$ 4,26 bilhões.

A intenção do Palácio dos Bandeirantes é buscar os recursos junto a bancos e instituições nacionais ou internacionais e, assim, conseguir bancar as remoções de imóveis. “A alteração visa ampliar as possibilidades para a obtenção dos recursos”, destacou o texto enviado pelo adjunto da Secretaria de Transportes Metropolitanos, Michael Sotelo Cerqueira.

Alternativa cogitada pela administração do atual governador Márcio França seria aproveitar US$ 111 milhões (R$ 378,9 milhões na cotação de ontem) remanescentes das obras da Linha 5-Lilás, em financiamento obtido junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Prazos, porém, não foram informados.

A Linha 18-Bronze foi arquitetada para ter 13 estações, saindo de Tamanduateí, em São Paulo, até o Centro de São Bernardo (parada Djalma Dutra), passando por São Caetano e Santo André. O acordo, via PPP (Parceria Público-Privada), foi assinado em agosto de 2014.

Entidade não vê riscos financeiros

Após a oficialização do calote de São Caetano, o presidente do Consórcio, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), afirmou que espera a solução do impasse.

Para o tucano, o município segue normalmente dentro do colegiado. “Pela boa gestão financeira, não tem risco de insolvência. Quanto ao não pagamento, cabe ao prefeito de São Caetano definir. Enquanto estiver consorciado, nosso papel é manter (o município). Temos disponibilidade para manter as obrigações até o fim da gestão e o convênio é entre Consórcio e a Prefeitura. Não tem nada a ver com a Câmara. O não repasse torna a Prefeitura inadimplente, acredito que ele (Auricchio) buscará a melhor solução para resolver esse impasse”, definiu.

A Câmara de São Caetano oficializou na semana passada a suspensão de repasses de R$ 1,2 milhão ao Consórcio. 




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