Governador do Estado prestigiou festa de aniversário do filho do prefeito, em S.Caetano
O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), acenou ontem, pela primeira vez, possível adesão à candidatura do governador Márcio França (PSB) ao Palácio dos Bandeirantes nas eleições deste ano. Em discurso realizado para a base aliada, o chefe do Executivo subiu no palanque ao lado de França, fez elogios ao socialista, o colocou no rol de políticos leais, pelos quais ele tem sentimento de “gratidão”, mas evitou manifestar apoio explícito.
O discurso de Auricchio foi aclamado por 4.000 pessoas, segundo organizadores, na cerimônia de aniversário do filho, Thiago Auricchio, postulante a deputado estadual pelo PR – partido que já anunciou apoio à reeleição do atual governador. “Se tem uma palavra que quero deixar para o governador Márcio França é a de gratidão. Por tudo que você fez por mim e por São Caetano. O Márcio é governador por mais nove meses e Deus vai colocar no caminho dele o que for melhor para o Estado de São Paulo, para ele, e para o grupo dele. Mas quero que vocês tenham certeza de uma questão. Se há um nome que a gente pode dar ao Márcio em relação à política, em relação ao ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que é nossa grande liderança de São Paulo e do Brasil, chama-se lealdade”, ressaltou o chefe do Executivo.
Um dia antes, Auricchio recebeu o ex-prefeito da Capital e pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, João Doria, porém também sem declarar apoio ao correligionário. Na ocasião, o tucano aproveitou para dar recado aos companheiros de partido que se colocarem ao lado de França ou de outros concorrentes. Segundo Doria, os dissidentes devem deixar a agremiação ou então serão levados à comissão de ética da sigla.
Auricchio aproveitou a oportunidade de ontem, inclusive, para criticar a postura daqueles que se dizem não políticos. A fala foi entendida por muitos como crítica indireta a Doria, que durante a campanha a prefeito da Capital, em 2016, usou o discurso de não ser político, mas sim gestor. “Se tem uma coisa que novas políticas precisam preservar chama-se lealdade, gratidão. E o Márcio tem isso com ele, sempre foi um sujeito correto. Foi um homem público de valor que não nega a política, como eu também não nego.”
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