O governo do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), caminha para criar, ao todo, 86 cargos, entre comissionados e gratificados, em apenas um ano de gestão. O socialista enviou à Câmara projeto de lei que prevê criação de 53 funções apadrinhadas. O texto foi aprovado às pressas na terça-feira em primeiro turno e será apreciado hoje em definitivo, durante sessão extraordinária.

Em dezembro, o socialista já havia criado 33 cargos. A tendência é que o novo projeto passe no Legislativo sem dificuldades, já que a maioria dos parlamentares deu crivo à proposta nesta semana, com votos contrários apenas de Marcelo Oliveira (PT), Chiquinho do Zaíra (PTdoB) e Ricardinho da Enfermagem (PTB). Se aprovado, o total de apadrinhados saltará de 574 no início do mandato para 660. Os novos postos têm salários que variam entre R$ 3.000 e R$ 9.700 e gerarão impacto de cerca de R$ 4 milhões por ano na folha de pagamento.

Pelo projeto, a gestão Atila aumenta de 27 para 32 o número de secretários adjuntos, embora o número de Pastas seja 25. Sobe de 23 para 29 o total de vagas de assessor especial; inclui três assessores de gabinete (vai de 76 para 79), seis assistentes técnicos (de 23 para 29), três coordenadores (25 para 28), sete gerentes de Saúde (eram 20), seis diretores de divisão (de 149 para 155), sete chefes de equipamento de Saúde (42 para 49) e cria 11 vagas apadrinhadas para o posto de assistente de políticas públicas (31 para 42).

Protocolado no Legislativo mauaense no mesmo dia em que foi aprovado – chegou na Casa às 9h56 e foi apreciado após as 14h – , o texto do projeto não é claro sobre como os 53 novos cargos serão distribuídos na administração. Sabe-se, porém, que a maioria (29 funções) desses postos será alocada na Secretaria de Saúde, que terá, entre vários servidores, quatro secretários adjuntos, seis assessores especiais, quatro coordenadores e sete gerentes de Saúde.

Recém-criada, a Pasta de Políticas Públicas para as Mulheres, chefiada pela primeira-dama Andreia Rolim Rios, também será estruturada com comissionados: dois secretários adjuntos, dois assessores de gabinete, três assistentes de políticas públicas, dois assistentes técnicos e dois coordenadores.

Atila frisou que o objetivo do projeto é fortalecer o funcionalismo. “É um novo modelo que estamos promovendo na Saúde de Mauá, inclusive porque boa parte dos cargos (a serem criados) é reservada para servidores de carreira (em gratificação). As reclamações na Saúde não são apenas falta de médicos e de remédios, são também de falta de agilidade nos atendimentos. Então, (a criação dos cargos) vai trazer agilidade”