De olho no transito Titulo
Acidentes com crianças

Por definição, acidentes são acontecimentos casuais que não podem ser previstos. Mas será que podemos chamar os acidentes de trânsito de imprevisíveis

Por Cristina Baddini
28/08/2009 | 00:00
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Por definição, acidentes são acontecimentos casuais que não podem ser previstos. Mas será que podemos chamar os acidentes de trânsito de imprevisíveis? A maioria deles acontece por falta de atenção de motoristas e pedestres e por situações de risco por eles provocadas. Cerca de 100 pessoas morrem todos os dias no trânsito brasileiro, 50% delas são atropeladas, e, dos atropelados, quase a metade é de crianças. O número de meninos vítimas desses acidentes é praticamente o dobro das meninas e a faixa etária mais atingida é de 11 a 14 anos, pois os meninos brincam mais pelas ruas, correndo, jogando futebol ou soltando pipa e por essa razão eles são mais vulneráveis que as meninas. Para cada morte ocorrida, outras quatro crianças ficam com sequelas permanentes que provocarão consequências emocionais, sociais e financeiras para a família e para a sociedade.

Como evitar acidentes
Os acidentes de trânsito com crianças acontecem quase sempre próximo às residências. É um engano pensar que no trânsito a criança reage como o adulto. Também é um engano julgar que a criança vê e ouve como o adulto os veículos que se aproximam. Essas falsas ideias dos pais fazem com que amanhã possam ser responsáveis por um acidente com um filho ou neto.
Involuntariamente a criança procura sempre satisfazer suas necessidades imediatas, apressar-se para ir ter com os pais que estão do outro lado da rua deixando de dar a necessária atenção ao trânsito. Para fazer o que lhe interessa, a criança é capaz de se precipitar contra um automóvel que se aproxima, se este a impedir de continuar o seu próprio percurso.
A criança também não enxerga o perigo, não acredita na morte. Com frequência, a criança gosta de brincar como se estivesse morta e depois se levanta e continua a brincar, porque diz que está viva. Portanto, uma criança não tem sequer noção do perigo envolvido e menos ainda dos riscos de morrer.
A verdade é que a criança não consegue pensar e reagir a vários estímulos ao mesmo tempo. Ela tem dificuldade para observar o sinal luminoso e os veículos em movimento além do que, o seu tempo de reação é invariavelmente mais lento que do adulto.
A criança não é um adulto em miniatura. Só crescendo é que a criança aprende o essencial. Podemos e devemos ajudá-la, mas é preciso esperar que ela cresça. Nós é que devemos ser prudentes e acompanhá-la na travessia de ruas e avenidas.

Mobilização
A ONG (Organização Não Governamental) Criança Segura convoca instituições de todo o Brasil para uma grande mobilização no domingo, Dia da Prevenção de Acidentes com Crianças. Essa data foi criada para gerar alerta sobre a causa, e as instituições de todo o Brasil estão convidadas para unir esforços em defesa dessa importante causa. Podem participar ONGs, escolas, universidades, órgãos públicos ou privados.
Cada instituição deve organizar uma ação para a data que tenha como foco o tema da prevenção dos acidentes com crianças. A ação pode ser ato público na comunidade, uma atividade com alunos, ensaio fotográfico sobre o tema ou documento apresentado à sociedade.




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