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Olmert fragilizado por pesquisa e rumores de demissão em seu governo
Por Da AFP
05/01/2007 | 16:54
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O primeiro-ministro israelense Ehud Olmert estava fragilizado nesta sexta-feira na liderança de seu partido e de sua coalizão governamental por seu desempenho nas pesquisas e por rumores de demissões em seu governo.

Cerca de 77% de seus compatriotas se dizem insatisfeitos com sua condução dos assuntos do país, e 62% o consideram incapaz de enfrentar situações de pressão, segundo uma pesquisa publicada nesta semana pelo Ynet, jornal on-line da Yédiot Aharonot.

Ao mesmo tempo, 49,3% dos membros de seu partido Kadima estimam que a ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, seria a melhor opção para dirigir o partido centrista, contra 8,7% que preferem Olmert, segundo uma outra pesquisa realizada pelo instituto Panorama Markets.

"Olmert parece cada vez mais um herói trágico, incapaz de se recuperar do desastre da segunda guerra do Líbano", que durou do dia 12 de julho até o dia 14 de agosto contra o Hezbollah xiita, escreveu na sexta-feira o jornal Haaretz.

Os erros do conflito são regularmente manchete nos jornais israelenses e objeto de investigações simultâneas feitas pelo Controlador do Estado, pela Comissão parlamentar das Relações Exteriores, pela Defesa, pelo próprio exército e, sobretudo, pela comissão governamental do juiz aposentado Eliyahu Winograd.

Esta última deve produzir um relatório provisório no início de fevereiro e um definitivo até o mês de junho.

"As pesquisas não podem derrubar Olmert, que se apóia no Parlamento, onde tem a maioria dos deputados (77 num total de 120). No entanto, sua coalizão terá dificuldades para funcionar corretamente, pois Olmert tem inimigos no Kadima", afirmou à AFP o cientista político Akiva Eldar.

Há um ano, Olmert ocupou interinamente o governo em substituição a Ariel Sharon, vítima de um derrame cerebral, antes de assumir o governo em maio, depois da vitória do Kadima nas legislativas de 28 de março.

Contrariamente a seu predecessor, que falava pouco e lia seus discursos, Olmert fala muito e multiplica as gafes.

Ele deu a entender que Israel era uma potência nuclear e que dois soldados seqüestrados no dia 12 de julho pelo Hezbollah estavam mortos.

Apesar de suas promessas, esses dois militares nunca foram recuperados, assim como o cabo Gilad Shalit, capturado no dia 25 de junho por grupos armados palestinos da Faixa de Gaza.

Em relação à coalizão, Olmert confiou o ministério da Defesa ao trabalhista Amir Peretz, ex-responsável sindical que a maioria dos israelenses considera incompetente para o posto.

"As eleições primárias dos trabalhistas estão previstas para maio e Olmert gostaria que Ehud Barak fosse eleito. Assim, ele poderia nomeá-lo para a Defesa e realizar um remanejamento de seu gabinete", acrescenta Eldar.

O escritório de Olmert desmentiu na quinta-feira as informações de que ele teria a intenção de demitir Peretz e nomear Barak, ex-primeiro-ministro e ex-chefe do Estado Maior, para a Defesa.




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