Setecidades Titulo Um ano depois
Moradores relatam insegurança um ano depois de tentativa de assalto
Por Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
22/08/2017 | 07:00
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 Um ano depois de a tentativa de assalto à sede da transportadora de valores Protege, em Santo André, transformar ruas do bairro Campestre em um verdadeiro campo de guerra, com direito a carros incendiados e explosões, vizinhos da empresa relatam mudança na rotina de quem vive na área nobre da cidade.

Embora o cenário da Rua dos Coqueiros, onde fica localizada a empresa, esteja totalmente diferente do que o vivenciado no dia 17 de agosto do ano passado, moradores dizem ter redobrado o cuidado ao andar pela via. “Sempre tento fazer caminhos diferentes para chegar em casa. Se ontem vim pela direita do prédio, amanhã faço o caminho pela esquerda. Mesmo que tudo tenha mudado, de certa forma agora redobramos a atenção na rua”, relata o comprador Murilo Foganholi, 21.

Proprietário de um comércio vizinho à transportadora há 15 anos, Orlando Cazeli, 78, diz ter visto pouca mudança na rotina de quem passa pela via. “Ter a Protege do nosso lado é até melhor, pois eles nos trazem uma segurança maior em virtude da presença da empresa e também da movimentação que tem ali. O assalto foi um caso isolado, fica um receio”, relata.

Para a assistente financeira Erica Vanessa Scarpanti, 37, o episódio ligou o sinal de alerta de quem trabalha ou reside no entorno da empresa. “Agora prestamos sempre atenção nos veículos que param aqui e, geralmente, são atípicos. De forma geral, damos atenção especial às movimentações”, afirma. Segundo ela, a empresa em que trabalha, vizinha à Protege, deve instalar em breve sistema de câmeras para aumentar a vigilância no local.

 

HISTÓRICO

A ação criminosa, que aconteceu de madrugada e durou cerca de uma hora, contou com a atuação de quadrilha formada por ao menos 20 homens munidos de armamento de grosso calibre, além de explosivos. Embora o grupo não tenha conseguido concretizar o roubo, um vigia ficou levemente ferido e 13 veículos foram incendiados e abandonados em diversos trechos de Santo André com a finalidade de atrapalhar o trabalho da polícia. Onze pessoas foram presas.

Procurada pela equipe de reportagem do Diário, a Protege se limitou a dizer, por meio de nota, “que cumpre rigorosamente a legislação em vigor do setor, atividade regulamentada pela Polícia Federal e demais órgãos competentes, e investe constantemente em novas tecnologias para aprimorar as suas operações”.

 

Roubos a carro-forte preocupam Polícia Militar

 

Uma tentativa de assalto a um carro-forte, na terça-feira passada, novamente voltou a ligar o sinal de alerta da PM (Polícia Militar).

A ocorrência, que deixou dois veículos incendiados e um policial baleado após confronto com criminosos na Zona Leste de São Paulo, próximo à divisa com Mauá, voltou a mostrar o interesse de quadrilhas em roubos a empresas de transporte de valores, assim como ocorreu no ano passado com a Protege.

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública) do Estado, a tentativa de assalto frustrada pela PM foi registrada na 5ª Delegacia da Divisão de Crimes contra o Patrimônio do Deic (Departamento de Investigações Criminais) e, até o momento, “continua em investigação para identificar e punir os autores”.

O caso da Protege, em Santo André, por sua vez, segue com inquérito em andamento no Deic. O caso está em segredo de Justiça.

Após a Polícia Militar prender na data da tentativa de roubo nove pessoas envolvidas no crime, outros dois envolvidos foram presos posteriormente. A SSP, no entanto, não detalha quando as prisões ocorreram.

 




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