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Crescem apostas em crise
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13/01/2008 | 07:02
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A disputa entre especialistas para prever uma possível recessão nos Estados Unidos em 2008 atingiu o ápice na semana passada. Importantes economistas, como o ex-secretário do Tesouro americano Lawrence Summers, e instituições financeiras de peso, como os bancos de investimento Merrill Lynch e Goldman Sachs, saíram na frente e cravaram suas apostas no cenário pessimista.

Ao mesmo tempo, cresceram os apelos para que o governo George W. Bush faça algo para evitar que a situação se deteriore ainda mais. A percepção é a de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não agüentará, sozinho, o peso de reanimar a economia. Até porque só conta com uma arma: a taxa básica de juros.

“Simplesmente reduzir a taxa básica e realizar operações no mercado aberto pode não ser suficiente para devolver força à economia”, disse, por exemplo, Martin Feldstein, presidente do Bureau Nacional de Pesquisa Econômica (NBER, na sigla em inglês). Entre as incumbências da instituição está a de anunciar oficialmente o momento em que os EUA eventualmente entrarem em recessão.

A teoria econômica diz que esse cenário se configura quando um país registra, por dois trimestres seguidos, crescimento negativo. É isso, por exemplo, que os economistas do Goldman Sachs esperam. Para eles, o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA terá retração de 1% tanto no segundo quanto no terceiro trimestre.

O secretário do Tesouro, Henry Paulson, e o próprio presidente Bush reconheceram que o governo trabalha em um pacote cujo objetivo é estimular a atividade econômica. Entre as medidas em discussão está um incentivo fiscal para pessoas físicas – na forma de cheques – e empresas – por meio de isenções tributárias. O plano deve ser anunciado perto do dia 28 de janeiro, quando Bush apresentará no Congresso o discurso “O Estado da União”.

Para Ricardo Amorim, diretor do banco WestLB para mercados emergentes, as pressões para uma ação do Executivo americano cresceram por causa da piora de alguns indicadores econômicos. A taxa de desemprego pulou de 4,7% para 5% em dezembro.




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