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Trânsito mata 21 pessoas em maio no Grande ABC

Conforme Infosiga, número é maior que o registrado em abril, quando houve 16 óbitos

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
20/06/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Em maio deste ano, 21 pessoas morreram em decorrência de acidentes de trânsito nas vias do Grande ABC. Os dados do Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo), divulgados ontem, mostram aumento de 31,25% em relação ao mês de abril, quando foram registrados 16 óbitos. Já em comparação com maio do ano passado houve pequena redução de duas mortes (-8,70%).

Praticamente metade das mortes foi de motoqueiros, os quais representam dez vítimas fatais (mais informações ao lado). Conforme o especialista em Segurança no Trânsito e engenheiro de tráfego e transportes Horácio Figueira, o comportamento dos próprios motoqueiros expõe os mesmos a um risco grande.

“Eles precisam repensar as atitudes. Temos dois grupos de motociclista, uns que já aprenderam a ser malandros e outro formado por pessoas que estão largando o automóvel e o transporte público e ainda não têm noção de como pilotar. A moto se coloca em uma situação em que não respeita as regras de trânsito, semáforos etc. E muitas vezes acaba dividindo esse espaço entre os veículos com os pedestres, o que é muito perigoso”, afirmou.

Figueira afirmou que a intensificação da blitz da Lei Seca e também da fiscalização de agentes de trânsito pode ajudar a reduzir o número de mortes. O especialista também citou a importância de ações do poder público, que deveria atuar na orientação a motoristas, a motoqueiros e também a pedestres.

Maio foi marcado por intensa campanha na região para a prevenção de acidentes, no chamado Maio Amarelo. Além de ações em cruzamentos das cidades, com distribuição de panfletos, também houve atividades em escolas.

“O problema é que as ações costumam se concentrar em cruzamentos grandes na região central. Pode ser que o Maio Amarelo tenha dado algum resultado, mas pequeno. Essas ações não poderiam ser somente uma vez por ano. Teriam de continuar durante o ano inteiro. Além disso, deveriam sair da região central e ir para todos os bairros”, acrescentou Figueira. (colaborou Vanessa de Oliveira)
 




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