Joaquim Ferreira do Amaral, de 56 anos, engenheiro, candidato da direita que recebeu o apoio do Partido Social Democrata (PSD, liberal), principal partido da oposição parlamentar, e do Partido Popular (PP, direita nacionalista).

È considerado 'candidato dos não socialistas', como gosta de apresentar-se, projeta uma imagem de tecnocrata, mais que de um político.

Conhecido como o 'ministro do concreto', Joaquim Ferreira do Amaral lançou em particular os planos de desenvolvimento e de modernização da rede de estradas e de autopistas, assim como a construção da segunda ponte sobre o rio Tejo em Lisboa.

Joaquim Ferreira do Amaral, deputado do PSD desde 1995, fracassou em 1997 quando apresentou sua candidatura à prefeitura de Lisboa, com 39,2% dos votos, contra 51,8% para o socialista João Soares.

Membro de uma família de grandes funcionários do Estado - um de seus antepassados foi governador de Macau, onde morreu em 1849, decapitado por nacionalistas chineses -, Joaquim Ferreira do Amaral é casado e pai de um filho que lhe deu três netos.

Ficou conhecido como um especialista em cartografia e em história dos descobrimentos marítimos portugueses, Ferreira do Amaral não esconde sua paixão pelo motociclismo.

Segundo as pesquisas, obteria em torno de 30% dos votos na eleição de domingo.

Antonio Abreu, de 53 anos, engenheiro químico, fez praticamente toda sua carreira no Partido Comunista Português (PCP), ao qual aderiu ainda muito jovem, em 1969.

Eleito no comitê central do PCP em 1976, entrou na comunhão política do partido no último congresso, em dezembro.

Na última terça-feira, o PCP decidiu manter sua candidatura à Presidência na eleição de domingo, embora as pesquisas lhe dêem menos de 2% das intenções de voto.

Antonio Abreu é casado e pai de duas filhas.

Já Fernando Rosas, de 54 anos, historiador e professor universitário, começou sua atividade política no PCP, que abandonou depois dos acontecimentos de maio de 1968 na França e da invasão da Tchecoslováquia pelo exército soviético, em agosto do mesmo ano.

Em 1970, foi um dos membros fundadores do movimento maoísta extra-parlamentar PCTP/MRPP, ao qual renunciou 10 anos depois.

Também participou na fundação, em 1999, do Bloco de Esquerda, coalizão de extrema-esquerda que obteve dois cargos nas últimas legislativas, em 1999.

Fernando Rosas, ao qual as pesquisas dão 2% dos votos na presidencial do domingo, é casado e pai de três filhos.

Antonio Garcia Pereira, de 47 anos, professor universitário e advogado especialista em direito trabalhista, é o mais jovem dos cinco candidatos à presidencial de domingo, onde não deverá conseguir mais de 0,5% dos votos, segundo as pesquisas de opinião.

Desde 1980, é membro do comitê central do PCTP/MRPP, maoísta, ao qual aderiu em junho de 1974, depois da 'Revolução dos cravos'.