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Pirelli inicia demoliçoes para projeto
Leone Farias
Da Redaçao
17/05/2000 | 07:24
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Depois de mais de dois anos de incertezas, o projeto Cidade Pirelli dá seus primeiros passos para sair do papel. Orçado em US$ 200 milhoes, prevê conjuntos empresariais e comerciais, hotéis e áreas de lazer e entretenimento nas proximidades da avenida Giovanni Baptista Pirelli, em Santo André.

A Pirelli está realizando, neste mês, a demoliçao das casas da Vila Homero Thon, onde ficará situada parte do empreendimento, para iniciar dentro de 60 dias a fase de duplicaçao da avenida Giovanni Baptista Pirelli. "Iniciamos a demoliçao. Logo após essa etapa, começaremos a duplicaçao da avenida, que deve levar de seis a oito meses para ser concluída", projetou o diretor de Recursos Humanos da Pirelli, Sidnei Roberto Ladessa Muneratti.

O executivo ressaltou que essas obras viárias, a cargo da Pirelli e estimadas em R$ 1,8 milhao, sao fundamentais para que seja iniciado o projeto propriamente dito, no começo do ano que vem. "É preciso formatar o perímetro do projeto para darmos a arrancada no empreendimento."

Previsto para ocupar uma área de 250 mil m², a Cidade Pirelli leva assinatura do arquiteto Edo Rocha, nome conceituado que está vinculado ao projeto do maior edifício do mundo, a ser lançado em Sao Paulo, o Maharishi Tower.

Segundo Muneratti, também já estao sendo feitos contatos com potenciais parceiros no empreendimento. No entanto, o início de negociaçoes mais formais dependerá do lançamento do projeto, cuja data ainda nao está definida.

A demoliçao que permitirá a realizaçao do empreendimento ocorre após o longo período em que se travou a discussao sobre os valores das indenizaçoes a ser pagas pelas desapropriaçoes aos moradores e comerciantes deste bairro, que vinham contestando laudos apresentados pela Prefeitura.

No ano passado, a questao foi resolvida para os valores que seriam pagos aos moradores, mas somente em abril último, lojistas, Prefeitura e a empresa chegaram a um entendimento em relaçao ao fundo de comércio (valor do ponto do imóvel) a ser oferecido aos lojistas com unidades na Homero Thon. E no início deste mês, a Câmara dos Vereadores aprovou o projeto enviado pela administraçao municipal, que seguia esse acordo para a indenizaçao.

Segundo laudo encomendado pela Prefeitura, o valor de fundo do comércio a que o proprietário do imóvel teria direito variava de 8% a 15% da média anual da arrecadaçao do estabelecimento, que seria paga pelo período de cinco anos. Porém, o acordo entre os comerciantes e a Prefeitura estipulou pagamento de cerca de 60% do definido por esse laudo.




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