Política Titulo Ex-secretário de Pinheiro
Bonome anuncia saída da Câmara de S.Caetano

Em evento, diretor do Legislativo citou que será candidato a deputado e iniciará campanha eleitoral

Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
28/03/2017 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


O diretor administrativo da Câmara de São Caetano, Nilson Bonome (PMDB), anunciou ontem que vai se desligar do cargo legislativo no início de abril, o que gerou surpresa, nos bastidores. Segundo o peemedebista, a intenção é se dedicar a possível candidatura a deputado em 2018.

“Eu tenho pretensões de disputar eleições no ano que vem. Ainda dependo do aval do partido, mas deixar para fazer campanha no ano que vem ficaria muito em cima. Por isso, vou começar projeto da minha candidatura a deputado. Para eu fazer as duas coisas hoje não tem condições. Preciso estar o tempo todo na Câmara como diretor administrativo e, portanto, vou me desligar da diretoria para cuidar disso”, afirmou Bonome. Nas eleições de 2014, o peemedebista tentou, sem sucesso, cadeira na Assembleia Legislativa. Na ocasião, ele alcançou 15.861 votos.

O nome do substituto de Bonome ainda não foi definido. Mas o presidente da Casa, Pio Mielo (PMDB), informou que uma mulher deverá ocupar o cargo. A declaração foi dada em discurso na solenidade do PMDB Mulher, que contou com as presenças do deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e do ex-prefeito Paulo Pinheiro (PMDB).

Ex-secretário de Governo, Serviços Urbanos e Educação na gestão de Pinheiro, Bonome sustentou também que seguirá tendo escritório e atuação política no município. “Vou continuar militando na política de São Caetano, só que como a campanha será de deputado vou ter que trabalhar em outras cidades”, ponderou o político. Por outro lado, ao ser questionado sobre a possibilidade de assumir outro cargo nos próximos meses, o peemedebista pontuou que, se for chamado, “aceita a missão”.

Quando foi nomeado para a diretoria administrativa do Legislativo, Bonome causou desconforto para o governo de José Auricchio Júnior (PSDB). Como secretário de Governo de Pinheiro, o peemedebista foi um dos principais articuladores para que a Câmara, em 2015, mantivesse o parecer contrário do TCE (Tribunal de Contas do Estado) à contabilidade de 2012 de Auricchio, último ano do segundo mandato do tucano. A decisão da Câmara complicaria a candidatura de Auricchio na eleição de outubro – poderia enquadrá-lo na Lei da Ficha Limpa –, mas o tucano alegou à Justiça comum que não teve amplo direito de defesa no processo do TCE, e conseguiu derrubar empecilho ao seu projeto político e acabou sendo eleito em 2016. O episódio fez o grupo de Auricchio direcionar críticas a Bonome. 




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