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Uso de 'bebês-medicamento' é analisado em Corte britânica
da AFP
07/03/2005 | 17:53
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A Câmara dos Lordes britânica começou a estudar, nesta segunda-feira, o caso moralmente complexo dos 'bebês-medicamento', concebidos para servirem de tratamento a um irmão ou a uma irmã afetados por uma doença grave.

Um grupo de reflexão sobre as questões bioéticas, 'Comment On Reproductive Ethics' (Core), vem batalhando há vários anos para impedir a autoridade britânica de regulamentar esse tipo de procriação assistida, voltada para autorizar o nascimento de 'bebês-medicamento'. "É do interesse do público que decisões de tamanha importância sejam tomadas pelo Parlamento eleito, não por um organismo não eleito", argumentou a fundadora de Core, Josephine Quintavalle.

Em 2001, parentes de crianças gravemente doentes recorreram a um diagnóstico anterior à implantação, acompanhado por uma seleção dos tecidos para gerar um outro filho. Esse diagnóstico, realizado durante uma fecundação artificial, permite a escolha de um embrião não portador do vírus.

Por sua vez, a reprodução selecionada permite escolher um embrião cujos tecidos são compatíveis com os da criança doente, para facilitar o êxito de um futuro recolhimento de células no cordão umbilical logo após o nascimento, ou, posteriormente, para um enxerto de medula óssea.

Para a Core, um dos problemas é que o 'bebê-medicamento' pode não ser amado por ele mesmo, podendo até ser doado para adoção assim que "servir".

Um casal da Irlanda do Norte está atualmente esperando um bebê concebido com estas técnicas, declarou uma porta-voz do grupo.
Por sua vez, nenhum 'bebê-medicamento' nasceu até agora na Grã-Bretanha. No ano passado, um casal britânico, Michelle e Jayson Whitaker, viajou aos Estados Unidos para gerar uma criança compatível com seu filho gravemente doente.

A Câmara dos Lordes prosseguirá na terça-feira o exame deste caso complexo, para dar seu veredicto dentro de várias semanas.




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