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Rumsfeld defende Bush das acusações de Clarke sobre Iraque
Por Da AFP
28/03/2004 | 16:01
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O secretário americano da Defesa, Donald Rumsfeld, justificou neste domingo o interesse do governo Bush pelo Iraque desde 2001, ao garantir que na ocasião este era o único lugar do mundo onde os americanos eram atacados.

"Quando assumi minhas funções e quando o presidente (George W. Bush) passou a governar, o único lugar do mundo onde os americanos eram atacados era o Iraque", disse Rumsfeld à TV americana. "Conversamos sobre o Iraque e a meu ver tudo foi justificado".

"Nossos aviões e nossos pilotos percorriam as zonas de exclusão aérea no sul e norte do Iraque monitorando as resoluções da ONU e quase semanalmente eram alvo de disparos", lembrou o secretário da Defesa.

"Isto preocupava o presidente, me preocupava, e passamos um bom tempo falando sobre como responderíamos no caso da derrubada de um de nossos aviões, com a morte ou a prisão da tripulação".

Rumsfeld respondeu assim às críticas do ex-encarregado da luta contra o terrorismo da Casa Branca Richard Clarke, que na quarta-feira acusou Bush de ter "minado à guerra contra o terrorismo" ao invadir o Iraque.

"Ao invadir o Iraque, o presidente dos Estados Unidos minou em grande medida a luta contra o terrorismo", afirmou Clarke à comissão independente que investiga os atentados do 11 de setembro de 2001.

Clarke garante que Bush não considerou suas advertências meses antes do 11 de setembro sobre a iminência de um ataque terrorista, se concentrando equivocadamente em Saddam Hussein.

O ex-secretário do Tesouro Paul O'Neill fez acusações semelhantes em seu livro publicado em janeiro passado, no qual afirma que o governo Bush estava querendo um motivo para invadir o Iraque.

Segundo Rumsfeld, após os ataques do 11 de setembro "a pergunta do presidente foi: Que organização é responsável por isto? - "Discutimos várias possibilidades e tomamos a decisão: Afeganistão e Al Qaeda".

Em outra entrevista, à rede de televisão ABC, Rumsfeld argumentou: "se olharem o que foi feito, fomos ao Afeganistão, não fomos ao Iraque". "E não foi uma tarefa fácil. Foi um esforço que teve grande sucesso".

"Não destruímos a Al Qaeda, mas certamente tiramos seu refúgio de treinamento e liquidamos o Talibã, evitando que seguissem controlando o Afeganistão".

Consultado sobre se o presidente deveria imitar Clarke e pedir desculpas às famílias das vítimas do 11 de setembro, Rumsfeld respondeu: "creio que o presidente tem admitido as falhas que ocorreram e a preocupação que tem com esta gente...".




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