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Parte de loja é desapropriada para dar lugar a calçada em S.Caetano
Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
22/07/2005 | 08:01
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Operários trabalham no assentamento de ladrilho nas calçadas, caminhões vão e vêm com materiais de construção. No trânsito, a mais perfeita expressão do caos. É o cenário da rua Visconde de Inhaúma, carro-chefe da revitalização do bairro Nova Gerte, em São Caetano. Em meio à tamanha efervescência, uma pedra. Ou melhor, um salão comercial que avança em cerca de 4 metros de calçada, o qual será parcialmente desapropriado.

Há nove anos, o salão abriga uma revenda de móveis. Seu atual locatário não se incomoda com a área útil que será perdida: cerca de 25 m². "O que eu não quero é ter que me mudar daqui. O ponto já está consolidado", afirma Armando Mohamed Smith, 39 anos. Hoje, desanimado pela queda de movimento em sua loja, crise que atinge outros estabelecimentos da Visconde de Inhaúma por conta da reestruturação, o comerciante está esperançoso em relação ao futuro.

"Quando isso aqui estiver pronto, será bom para todo mundo", diz Mohamed, se referindo às obras de revitalização do corredor. No projeto, além da parcial desapropriação do imóvel, também está prevista a construção de um teatro de arena no largo da Figueira, a padronização da calçada e a criação de rampas nos cruzamentos para acesso de cadeirantes.

Todo o pacote de melhorias está previsto para ser entregue em novembro deste ano. Já as intervenções na loja de móveis de Mohamed ainda não têm prazo para começar, de acordo com o diretor de obras de São Caetano, Júlio Marcucci Sobrinho. Questionado pelo Diário, o titular da pasta não soube precisar a área exata da desapropriação ou o valor que será pago pela Prefeitura para ter o domínio sobre a área.

Apesar de tantas incertezas, Marcucci garante que embora o prédio avance sobre a calçada, o comércio está legalizado. Essa não é a primeira vez que a Prefeitura desapropria parte dos imóveis da rua Visconde de Inhaúma. No início da década de 90, quando o corredor sofreu sua última grande intervenção, sete estabelecimentos passaram pelo processo. Na época, o motivo era o alargamento da rua.




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