O comandante já não seduz. Depois de Cuba executar três seqüestradores de uma lancha de passageiros com destino aos Estados Unidos, há três semanas, e de mandar prender dissidentes, surgiram manifestações pelo mundo pedindo "Cuba libre".
O português José Saramago, prêmio Nobel de Literatura, afirmou que dificilmente se veria um mundo novo na ilha. Significativo, vindo de um castrista de primeira hora. O uruguaio Eduardo Galeano, autor de As Veias Abertas da América Latina, comentou que "a revolução está perdendo o ar de espontaneidade e a frescura que desde o início a empurrou".
Mas ainda há abraços para Fidel. O arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, na semana passada, enviou telegrama de apoio escrevendo "solidariedade com a luta". Na última quarta-feira, o escritor colombiano Gabriel García Márquez, outro Nobel de Literatura e amigo de Fidel, confirmou seu apoio ao regime imposto pelo líder, mas condenou a pena de morte. Respondeu à intelectual norte-americana Susan Sontag, que o criticou por manter silêncio diante dos últimos atos do comandante.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.