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Esqueceram de demitir um inimigo
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
13/07/2016 | 07:00
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Quem nunca assistiu ou ouviu falar no filme Esqueceram de Mim, cuja sequência foi iniciada em 1990 no longa protagonizado pelo ator Macaulay Culkin? É mais ou menos o que aconteceu com Arissol Miranda (PRTB), em Mauá. Ele estava contratado como assessor na Secretaria de Planejamento, na cota do deputado estadual Atila Jacomussi (PSB), quando o parlamentar desfrutava de lua-de-mel com o prefeito Donisete Braga (PT). O socialista, porém, rompeu com o petista para encabeçar chapa na corrida pelo Paço. Ou seja, antes parceiro de primeira hora, Atila será agora adversário de Donisete no pleito de outubro. Após a separação, o chefe do Executivo iniciou as demissões dos cargos comissionados indicados pelo deputado na administração. Mandou todo mundo embora. Aliás, todo mundo não, porque Arissol permaneceu. E a gestão petista só se deu conta de que o aliado de Atila, que na legislatura passada foi suplente de vereador e assumiu cadeira por alguns dias, estava no governo quando ele entregou carta de exoneração. O curioso é que ninguém percebeu que Arissol continuou no cargo em pouco mais de um ano após o rompimento do parlamentar com o prefeito. Nesse caso, são duas as hipóteses mais plausíveis: ou era funcionário fantasma ou comparecia ao setor e nada fazia, passando despercebido. 

Decisão judicial
A juíza eleitoral de São Bernardo Lizandra Maria Lapenna Peçanha julgou improcedentes quatro representações por propaganda eleitoral antecipada movida pelo PT municipal contra o deputado estadual Orlando Morando, pré-candidato ao Paço pelo PSDB, e alguns filiados de partidos aliados do tucano. Em alguns processos, havia liminar a favor do petismo, que foram revertidas com a análise do mérito.

Conceitos revistos
O deputado federal Vicentinho (PT) foi um dos que mais defenderam que seu partido apoiasse o nome de Luiza Erundina (Psol) na eleição à presidência da Câmara, que ocorre hoje. O PT, por sua vez, inclinava, até ontem, adesão à candidatura de Rodrigo Maia (DEM). A socialista não perdoou e criticou sua ex-sigla. “Estamos vendo um partido submisso e sem compromisso com sua história”, disparou ela, à Folha de S.Paulo. Vicentinho dizia que votaria em Erundina porque era “mulher guerreira e que votou contra o golpe”. Mas ficou chateado após os ataques da socialista. “Ontem (anteontem) eu declarei apoio a Luiza Erundina, hoje ela ataca o meu partido pela grande mídia? Assim não dá! Vou decidir com a minha bancada”, salientou o petista.

Mistério
A Câmara de São Bernardo está em polvorosa. A polícia prendeu ontem, em Itu, dois homens e uma mulher com cinco quilos de cocaína. Um deles declarou que era assessor parlamentar de um vereador são-bernardense. Não foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública nem o nome do acusado nem o do parlamentar citado.

Troca-troca
Substituições na equipe do prefeito Carlos Grana (PT), de Santo André. Saem de férias até o fim do mês os secretários Ricardo Kondratovich (Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos), Silmara Conchão (Política Para Mulheres), Paulo Piagentini (Habitação) e Homero Nepomuceno (Saúde). Entram Vitor Mazzeti Filho, Maria Cristina Pechtoll, Denise Zirondi e José Antônio Tiveron, respectivamente.

Estamos de olho
Cadê o ‘mapa das enchentes’, prefeitos? Custou R$ 1,5 milhão, pagos pelo Consórcio Intermunicipal, e o estudo até agora, depois de um ano de trabalho, não está completo.




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