A cúpula do governo do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), confirmou ontem o desligamento até o dia 2 de quatro nomes de pessoas que integram primeiro e segundo escalões, por conta da eleição de outubro.

A vice-prefeita e secretária de Desenvolvimento Econômico, Oswana Fameli (PMB), a titular de Esportes, Marta Sobral (PDT), o secretário adjunto de Paranapiacaba, Fabrício França (PT), e o diretor de resíduos sólidos do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), Edi Ferreira dos Santos (PT), se desincompatibilizarão de suas funções nos próximos dias para formalizar projeto político-eleitoral.

No caso de Oswana, a saída será somente das funções da Pasta de Desenvolvimento, ficando apta para o pleito. Ela permanecerá atuando como vice-prefeita, colocando-se como opção para reeditar dobrada com Grana na corrida pelo Paço. Os demais agentes da gestão buscarão cadeira no Legislativo. Todos estarão no arco de aliados.

O anúncio das modificações foi feito pelo secretário de Governo, Arlindo José de Lima (PT), durante a realização da sessão parlamentar, ao mencionar que não prevê “impactos ou interferências” no governo.

“O cenário de alianças partidárias ainda é incerto. Muita coisa pode mudar até a eleição. Eu vejo que agora o lago está remexido porque tem partidos que estão se acomodando até o dia 2 com esse ou aquele projeto. Apesar de nós termos uma aliança construída, isso não significa que não poderá haver mudanças”, disse o petista.

Ao longo de três anos de gestão, a parceria de Grana com Oswana foi marcada por afinidade, o que não garante, porém, que ela voltará a ocupar o posto. O prefeito tem falado publicamente que manterá a atual número dois do Paço na chapa.

Apesar da predileção pela atual vice, outras lideranças já foram cogitadas, nos bastidores, para compor a dobrada. Um dos nomes citados para a vaga de Oswana seria o do vereador Roberto Rautenberg (PRB), que, recentemente, anunciou pré-candidatura à Prefeitura. Diante da desfiliação do PTB, o movimento do republicano ainda é visto como balão de ensaio, visando garantir composição, justamente com o projeto do petismo.

ALIANÇAS
Responsável pela articulação da administração petista, Arlindo adicionou que a direção do PT mantém diálogo com dez siglas para montar a coligação que visa reeleição de Grana. “No ano passado, chegamos a falar com 14 partidos. Não sei se ficam todos, porque é natural que as pessoas revejam suas posições. Poderemos ter oito ou mesmo 12 legendas conosco até a eleição”, disse.