Cíntia Bortotto Titulo Carreira
O risco da demissão
Cíntia Bortotto
28/03/2016 | 07:10
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Em tempos de crise, em que todos estamos sujeitos a problemas, muita gente tem me perguntado: quais os sinais de que serei demitido? É possível prever uma demissão?

Elenquei a seguir alguns possíveis alertas para quem está preocupado, afinal, dia a dia estamos vendo pessoas próximas a nós ficarem desempregadas:

1. Resultados financeiros da empresa e/ou da área não estão bons – este é o primeiro sinal de que teremos “cortes” de pessoal a vista. Nenhuma empresa em sã consciência mantém o mesmo número de funcionários no quadro, ou seja, o custo, quando a receita não está boa. Portanto, se a empresa não vem bem, prepare-se para mostrar uma dose extra de trabalho, pois alguns dos funcionários atuais não estarão mais no quadro em um futuro próximo;

2. Quando você não apresenta diferenciais para ser escolhido em detrimento de outros. O que quero dizer aqui é que o gestor normalmente escolhe o seu recurso mais completo, ou o mais diferenciado, quando tem que escolher entre dois ou mais bons recursos. Portanto, reflita: o que eu tenho como meu diferencial? Se não tiver nenhum, comece a buscar e mostrar para o seu gestor o quanto isto é importante para você;

3. Avaliação de desempenho ruim. Em empresas que possuem processo estruturado de avaliação de desempenho, o fato de se ter funcionários mal avaliados pode ser um indicador de que estes são os primeiros a serem escolhidos caso processo de desligamento ocorra. Desempenho é condição sine qua non para qualquer colaborador manter o emprego.

E quais os erros fatais em época de crise? O que não posso fazer de jeito nenhum? Alguns comportamentos não são adequados no ambiente de trabalho. Em época de crise, eu sugiro fortemente que sejam evitados, pois os gestores ficam mais observadores sobre que mudanças podem fazer para reduzir custos. E que comportamentos são esses:

1. Entrar em atrito com o seu gestor o tempo todo. Desafiar o gestor é positivo, mas entrar em atrito o tempo todo faz com que ele não queira mais conviver com o funcionário. Então, neste momento, conteste, mas seja cuidadoso;

2. Não cumprir os combinados. Se combinou, cumpra. Não ter este comportamento básico pode lhe deixar marcado como pessoa que deve ser desligada;

3. Não fazer seu trabalho com qualidade e comprometimento. O princípio básico da balança capital x trabalho é: a empresa lhe paga, mas você deve cumprir suas obrigações com responsabilidade e zelo. O básico deve estar bem garantido;

4. Não fazer o algo mais. O algo mais é aquilo que nem sempre é pedido, mas é necessário. Algumas pessoas percebem e fazem. Estas são as que se diferenciam. Isso obriga as pessoas a estarem mais atentas ao que é necessário sem que seja pedido.

Neste período de crise, os gestores são convidados a refletir e, muitas vezes, atuar em uma das tarefas mais difíceis para um líder: desligar pessoas. Neste cenário, criam-se critérios de avaliação e escolha. Se você é líder, seja justo. Se você é funcionário, coloque-se no lugar de seu gestor e o ajude a lhe escolher evitando comportamentos inadequados e fazendo o algo mais.

Siga confiante e boa sorte! 




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