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Pressionado, Célio Boi tem aval para entrar no PMDB

Vereador de Diadema apoiará projeto de Vaguinho, mas manteve filiação ao PSB, hoje na coligação de Lauro Michels

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
26/03/2016 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Em meio ao imbróglio envolvendo a posição do PSB de Diadema na disputa eleitoral de outubro, o vereador Célio Boi (PSB) recebeu aval para ingressar no PMDB, partido que estará no arco de alianças da candidatura do parlamentar Vaguinho do Conselho (PRB) ao Paço diademense. Boi manteve filiação ao PSB, mas a sigla decidiu aderir ao projeto de reeleição do prefeito Lauro Michels (PV).

A postura de Célio Boi tem emperrado as discussões no PSB. Recentemente, a legenda filiou o secretário de Educação e primo de Lauro, Marcos Michels (ex-PV), e o conduziu à presidência do partido na cidade. Segundo apurou o Diário, Marcos tem enfrentado resistência de militantes durante reuniões internas da sigla por conta da influência de Célio Boi.

O novo dirigente não tem conseguido armar estratégia nem incluir novos integrantes à cúpula, adiando o processo de formatação da chapa de pré-candidatos a vereador. Ventila-se nos bastidores que Marcos Michels tem reavaliado a ideia de expulsar Célio Boi do partido. A expectativa de Marcos era que o vereador deixasse o PSB durante janela partidária, que permitia que parlamentares trocassem de partidos sem correrem o risco de perder o mandato. O período encerrou no dia 18 e Célio Boi permaneceu na sigla.

No ano passado, o PSB rompeu com a base de sustentação de Lauro, anunciando projeto solo ao Executivo, destacando Vaguinho como líder da empreitada. Meses depois, o então presidente da sigla, Manoel José da Silva, o Adelson, recuou da decisão e voltou a cravar que o partido apoiaria o verde. Entre 2013 e 2014, Adelson atuou como secretário de Segurança Alimentar na gestão Lauro.

A posição de Adelson instaurou racha no PSB – o partido havia apoiado o PT no pleito de 2012. Célio Boi e Vaguinho tentaram sustentar que o partido deveria ter candidatura própria. Depois de meses de embate, Adelson expulsou Vaguinho, que migrou para o PRB e se lançou à corrida pelo Parque do Paço. Célio Boi, no entanto, se manteve no partido.

O PMDB de Diadema deve ser o destino do ainda socialista. A legenda peemedebista deve indicar a vaga de vice na chapa de Vaguinho, alçando a vereadora e presidente do partido municipal, Cida Ferreira, ao posto. A peemedebista está no seu sétimo mandato consecutivo no Legislativo diademense.

Há 20 anos o PMDB só conquista a cadeira da parlamentar na Câmara. No pleito de 2012, o diretório só não passou por intervenção do comando estadual do PMDB porque Cida intercedeu junto à cúpula do partido. 




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