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Acusados de matar diretor do CDP de Mauá são condenados
Evandro De Marco
Do Diário do Grande ABC
18/12/2010 | 07:06
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Dois integrantes do grupo acusado de envolvimento na execução do diretor-geral do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Mauá, Wellington Rodrigues Segura, Adriano Nogueira Leite e Maurício José de Santana, foram condenados a 29 anos de prisão inicialmente em regime fechado.

O julgamento teve início na manhã de anteontem no Fórum de Mauá. Foram tomados depoimentos das testemunhas de acusação e defesa e, em seguida, foi a vez de os réus falarem.

Depois de uma paralisação, os trabalhos foram retomados no início da noite, momento em que aconteceram os debates envolvendo advogados e o promotor responsável pelo caso.

A sentença decidida pelos jurados foi lida pela juíza da Vara do Júri, Renata da Silva Teles, por volta das 3h30 de ontem. A defesa já entrou com recurso, mas o documento provavelmente só deverá ser apreciado a partir de 7 de janeiro, quando termina o recesso do Judiciário, que começa na segunda-feira.

Outros três acusados de envolvimento na morte do diretor - Fábio Aparecido de Almeida, Luciano Pereira e Denis Humberto Magni -foram a júri em outubro, mas o julgamento foi suspenso e deverá ser remarcado para fevereiro. Isso aconteceu porque, na ocasião, um dos advogados de Almeida foi flagrado por policiais militares entregando um telefone celular para seu cliente.

Mais quatro suspeitos de participar da execução do diretor do CDP recorreram da pronúncia do juiz e ainda não têm novo julgamento marcado.

CRIME
Wellington Rodrigues Segura, 31 anos, foi morto em 26 de janeiro de 2007, atingido por 22 tiros. Ele levava para casa a diretora de recursos humanos do CDP, Marilene Maria da Silva, 25, quando foi vítima de uma emboscada.

Segura foi executado por ocupantes de um carro que fechou o veículo que o diretor-geral do CDP de Mauá dirigia. Na ocasião, Marilene também foi atingida por quatro tiros, mas sobreviveu.

O crime foi encomendado pela cúpula de uma facção criminosa que age dentro e fora dos presídios de São Paulo e foi motivado por supostos maus-tratos aos detentos da unidade então comandada por Rodrigues Segura.




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