A rotina de uma cidade grande permite vivenciar experiências pertinentes ao cotidiano das pessoas. Com o acesso à Cultura dificultado, muitas vezes por preços altos de ingressos, por falta de tempo, de interesse, de oportunidade ou de qualquer outro motivo, inovar na forma de fazer arte dá a chance de aproximar o público e promover troca enriquecedora para ambos os lados: quem faz e quem assiste. E é bem isso que a Companhia Estrela D’Alva de Teatro e o Quarteto à Deriva pretendem promover na quarta-feira em Santo André, a partir das 18h, com a apresentação do espetáculo Ulisses à Deriva – Dançando para Adiar. A entrada é gratuita.

Com direção de Carina Prestupa e Marcelo Gianini, a peça será encenada ao ar livre e terá como cenários locais reais do Centro da cidade. O início será na Casa da Palavra (Praça do Carmo, 171). Com o avançar da história, a encenação fará um cortejo na praça e pelo calçadão da Rua Coronel Oliveira Lima. “A grande brincadeira é a desconstrução do espaço. A gente invade os locais no entorno, como a igreja, um bar, entre outros. Acabamos usando como cenários espaços fechados da própria rua”, explica a atriz e professora de teatro Lígia Helena, 32 anos, que faz parte da companhia e do elenco da peça.

O texto é adaptação bem fiel à obra literária Ulysses, do escritor James Joyce. A história é ambientada em Dublin, na Irlanda. Em 16 de junho de 1904, Leopold Bloom, na companhia do amigo Stephen Dedalus, precisou superar numerosos obstáculos e tentações até retornar ao seu apartamento na Rua Eccles, onde sua mulher, Molly, esperava por um possível amante.