“Não precisavam mentir, só dizer a verdade. Ao menos, confessarem-se errados. Gava foi procurar o prefeito às 17h e nessa hora ele estava com você. Essas mentiras... O mentiroso precisa manter a lógica a partir de uma mentira, o que é impossível. Pego em flagrante, a máscara cai. Por isso, se diz: mentira tem perna curta.”

Professor Alexandre Takara

Essa história de “João Gava e o prefeito” tem rendido. Pena que a Prefeitura de Diadema não esteja entendendo a importância dos acontecimentos. Mas muita gente estudiosa está. Caso do professor Alexandre Takara, que faz a Memória hoje.

Mas, fiquem tranquilos: as aulas do professor João Gava sobre Diadema retornarão, antes que iniciemos nova série com ele, já então em um outro momento da sua vida, a do jovem marceneiro de São Bernardo.

Vamos às observações sempre didáticas e pertinentes do professor Takara.

Fios invisíveis de saudades

Texto: Alexandre Takara

No domingo, Memória tratou de arbustos. Na segunda-feira, de animais. Estamos tão urbanizados no Grande ABC e tão distantes da natureza que não nos lembramos dessa vida simples de contato direto com o meio ambiente.

Na quarta-feira, Memória abordou o início da urbanização de Diadema. Conheci a Vila Conceição em 1947. Morava no Bosque da Saúde, bairro da Capital. Tinha 17 anos, recém-chegado do Interior. Não conhecia nada da Capital e das imediações.

Meus amigos organizaram uma excursão para Diadema. Descemos no centro da vila: uma rua de terra, poucas casas, muitas carroças e cavalos. Ao redor do centro da vila era só mato e algumas clareiras que se dirigiam às chácaras e sítios.

Pessoas simples, do campo, sentadas em uma praça, bebendo e conversando.

Então, Diadema chamava-se Vila Conceição. Fomos a pé à represa de Eldorado, rodeada de mato e sítios. E, no meio da água, um navio de pedra ou tijolos que seria de bar ou restaurante.

Esta era a Vila Conceição de João Gava. Mas, na época, ele já devia ter mudado para outro município.

O bom de ler a página Memória é que a gente vai associando a lembrança de outros às próprias. Pois é, a memória social é uma rede tecida com fios invisíveis de saudades.

Amanhã em Memória

A quinta aula do Sr. João Gava: ao som do gramofone do João Piranga

Diário há 30 anos

Quarta-feira, 15 de janeiro de 1986 – ano 28, nº 6032

Manchete – Agrava-se a falta d’água na região

Santo André – Táxis param em protesto por reajuste.

Carnaval 1986 – Antonino Assumpção, diretor de Cultura de São Bernardo, confirma desfiles na Rua Marechal Deodoro.

Santos do Dia

São Mauro ou Amaro de Gália (Roma, 512 – França, 584). Ele se tornou o discípulo predileto de São Bento e o acompanhou para o mosteiro de Montecassino, sendo nomeado o primeiro superior e administrador. O primeiro mosteiro beneditino em terras francesas também foi fundado por Amaro.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza

Isidoro de Alexandria

Miqueias

João Calibita

Município Paulista

Hoje é o aniversário de Guarujá, elevado a município pela primeira vez em 1926, quando se separa de Santos. Extinto em 1931, o município de Guarujá recupera sua autonomia três anos depois, em 1934.

Em 15 de janeiro de...

1916 – Fixou residência na Vila de São Bernardo o major Benedicto Cesário do Nascimento, dono das terras do futuro bairro Nova Petrópolis.

A guerra. Do noticiário do Estadão: “Boatos de armistício entre a Áustria e o Montenegro.”

1931 – Caiu a ponte do Córrego Carapetuba, a poucos metros da Estação de Santo André, o que ocasionou dois transtornos: falta de comunicação entre as margens e possibilidade de transbordamento das águas, devido ao entulho produzido e depositado no leito do córrego.

1956 – Pirelli, de Santo André, inaugura sua praça de esportes.

1971 – O governador Abreu Sodré inaugura a Rodovia Piaçaguera ao Guarujá.

1976 – Fundado o Brasília Esporte Clube, da Vila Brasília, em São Bernardo.

Hoje

Dia Internacional do Compositor