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Para soltar os bichos
Heloísa Cestari
Enviada à Flórida
07/07/2011 | 07:00
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Divulgação


 

O Busch Gardens Tampa Bay é o lugar ideal para soltar os bichos, seja na área do safári, onde 300 espécies de animais vivem soltas como se estivessem nas savanas africanas, seja nas temidas montanhas-russas, que fazem até os mais corajosos exorcizarem os próprios demônios em gritos tão desesperados quanto libertadores.

A monitora Aline Monari, 26 anos, de São Bernardo, conhece bem essas duas experiências. Formada em Zootecnia pela USP e com curso de especialização na Flórida, ela trabalha há um ano no Busch Gardens. Sabe tudo sobre cada animal e, nas horas de folga, experimenta as atrações radicais do parque. "Os animais são muito bem tratados aqui. É gratificante", diz Aline enquanto mostra as instalações do futuro centro de tratamento de animais do parque, espécie de enfermaria onde os bichos recebem atendimento especial.

No fim deste ano, esses serviços de bastidor serão transformados em atração. Os visitantes poderão acompanhar bem de perto procedimentos cirúrgicos, exames e consultas veterinárias, e até participar de algumas atividades de reabilitação.

A nova instalação terá cerca de 16 mil metros quadrados e será construída onde está localizada a atual Rhino Exhibit, na região de Nairobi. Os dois componentes principais da nova atração serão um centro de nutrição - onde educadores farão demonstrações de como preparar as dietas dos animais e visitantes terão a chance de dar comida aos bichos - e uma ala de tratamento que mostrará como os veterinários do Busch Gardens realizam exames preventivos e cirurgias.

"Não apenas apresentamos uma nova geração de cuidados zoológicos, como também nosso novo Animal Care & Nutrition Center fará com que os visitantes vejam a dedicação e a paixão que nosso time tem com os mais de 2.000 animais que vivem no Busch Gardens", afirmou o veterinário Pete Black, membro do time que faz parte da criação desse novo projeto. "Já celebramos conquistas incríveis. Em 2005, fizemos o primeiro parto de um gorila que foi um milagre da ciência e um triunfo para nossa equipe. Com a nova atração, os visitantes poderão testemunhar e celebrar momentos épicos como este."

 

CHEETAH RUN

Uma novidade que reflete bem a perfeita combinação entre animais e adrenalina é o Cheetah Run, que guarda 14 exemplares de guepardo - aquele que inspirou a construção da nova montanha-russa. Inaugurado no fim de maio, junto com a mega-atração, o local apresenta um cenário que imita ruínas de templos antigos e possui mais de 1.000 metros quadrados de gramado para os felinos demonstrarem do que são capazes quando o assunto é correr.

Em determinadas horas do dia, os tratadores conduzem exercícios de corrida utilizando um sistema motorizado que estimula o instinto natural da caça. Os visitantes conferem tudo através de enormes paredes de vidro, que os deixam a apenas alguns centímetros de distância do mais veloz animal do mundo, cuja população atual não passa de 12,5 mil em todo o planeta.

 

ADRENALINA

A mistura de zoológico com brinquedos radicais faz do Busch Gardens um dos melhores parques para famílias com pessoas de diferentes idades. Enquanto pequenos se divertem no espaço lúdico com personagens da Vila Sésamo, adolescentes se rendem à overdose de adrenalina das montanhas-russas e adultos voltam a se sentir crianças diante da experiência única de dar alface na boca de uma girafa - com direito a parada para fotos abraçado ao pescoço do animal para impressionar os colegas de Facebook, claro.

As atrações do complexo estão espalhadas em uma área de 135 hectares. Para percorrê-la, use o trenzinho Serengeti Railway ou o teleférico Skyride, que lhe dará uma dimensão geral do parque. Feito isso, fica mais fácil abrir o mapa e traçar o roteiro.

Comece fazendo um safári pelo Serengeti. Sobre uma espécie de pau-de-arara, você avistará zebras, gnus, rinocerontes e outros bichos das savanas africanas bem pertinho do veículo. Depois, parta para os brinquedos responsáveis pela fama radical do Busch Gardens. Além da nova Cheetah, o parque abriga outras montanhas-russas pavorosas. Cada uma com suas peculiaridades.

Quem gosta de loopings vai adorar a Kumba. Os aficionados por trilhos de madeira - que dão aquela sensação de instabilidade pouco confiável, como se seu estômago estivesse chacoalhando dentro de um liquidificador - preferem a Gwazi.

O diferencial da Montu, por sua vez, reside no fato de os passageiros ficarem presos pelos ombros, deixando os pés livres para inversões a até 100 km/h.

E quem não tem medo de quedas vertiginosas vibra com o frio na barriga proporcionado pela Sheikra, que faz uma paradinha para reflexão e depois despenca em 90 graus de uma altura de 61 metros. Dá desespero só de olhar.




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