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Sargento Juliano admite entrar na lista eleitoral de vice para 2016

Vereador de Sto.André é cotado para compor chapa majoritária, ainda sem definição; cenário deve se consolidar em março

Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
18/12/2015 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


No quinto mandato parlamentar, o vereador de Santo André Sargento Juliano (PMDB) reconheceu ontem pela primeira vez discussão para compor como vice na eleição municipal de 2016, embora o nome de quem encabeçará a chapa ainda esteja em negociação pela sigla. Em visita ao Diário, o peemedebista confirmou que “interessa ao partido” indicar o número dois na dobrada, colocando-se à disposição para cumprir esse papel no páreo – a disputa no campo majoritário seria inédita em sua trajetória.

“Acredito que posso sim ajudar na caça de votos, contribuir com aquele que for o prefeito. Tenho condições de trazer apoio”, alegou, ao frisar que foi, em dois pleitos, o mais votado do Grande ABC por vaga à Câmara – 2000 e 2012.

Atualmente único vereador da bancada, Juliano justificou que a legenda poderia “sem sombra de dúvida” crescer politicamente na cidade ao entrar na briga pela Prefeitura. Segundo o parlamentar, o projeto abriria portas para salto interno e daria base para fortalecer, inclusive, a chapa proporcional. “Acredito que é chance grande. Tem de se pensar bastante. O PMDB já era para ter sido vice há muito tempo atrás e acabou não dando certo, mas acho que tudo tem seu momento. Quem sabe seja agora. Às vezes, o cavalo passa selado e temos de sentar. Se não pular em cima fica para trás e não dá para correr atrás depois. Avalio que é oportunidade de o PMDB se fortalecer, lançando o vice.”

Até agora, o PMDB tratava candidatura própria ainda como uma das principais alternativas. O diretório tenta aproveitar o potencial de Juliano para emplacá-lo de opção na concorrência. Com a saída de José de Araújo da legenda, hoje no PSD, a chapa de vereadores ficou comprometida. Sobrinho do prefeito Celso Daniel, Rafael Daniel está entre as poucas aquisições políticas. Ele retornou à legenda neste ano e tende a pleitear cadeira no Legislativo. Em 2012, ele concorreu como número dois na dobrada com Nilson Bonome (PMDB), hoje com residência eleitoral em São Caetano.

Presidente do diretório local, Leandro Baldan sustentou que, na última reunião partidária, “várias pessoas do grupo político” apontam nome do vereador “de coringa”. “O Juliano está apto para despontar em qualquer cargo que seja definido pela legenda, mas o quadro permanece indefinido”, disse. O dirigente justificou que o panorama federal vai influenciar no alinhamento eleitoral em solo andreense, referindo-se à instabilidade política vivenciada em Brasília, principalmente com processo de impeachment em trâmite. “Esse cenário nacional certamente vai se refletir em vários Estados e municípios. Em Santo André não será diferente, impactando os próximos capítulos.”

Juliano faz parte da bancada de sustentação ao prefeito Carlos Grana (PT). O acordo de integrar a base governista, contudo, finaliza no ano que vem. Indicar o companheiro da chapa petista de reeleição está no horizonte, porém não é mencionado como preferência. O acerto estaria no mesmo nível de fechar aliança com o ex-chefe do Executivo Aidan Ravin (PSB). “Estamos esperando os acontecimentos. Aguardando o desenrolar para tomar posição. O que a executiva definir eu vou acatar”, citou o parlamentar, ao comentar que Bonome continua na linha de frente da articulação regional.

Baldan sinalizou que a decisão sobre projeto eleitoral ficará para fim de março. 




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