Setecidades Titulo Verão
Acúmulo de 80 mm de chuva dará alerta no Grande ABC

Sto.André, S.Bernardo e Ribeirão lançam planos
de ações preventivas para enfrentar precipitações

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
02/12/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 Com a chegada do período das chuvas de verão, o risco de desastres naturais aumenta consideravelmente. Para minimizar o número de ocorrências graves, Santo André, São Bernardo e Ribeirão Pires lançaram ontem programas de prevenção a esses acidentes.

A principal novidade é que, a partir do momento em que for detectado o acúmulo de água de 80 milímetros, e não mais 100 milímetros, como anteriormente, o local já entrará em estado de atenção e equipes da Defesa Civil serão deslocadas. A justificativa é a precaução. Os programas tem duração de cinco meses, até o dia 15 de abril.

A Prefeitura de Santo André e o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), por meio da Defesa Civil, iniciaram na manhã de ontem o POCV (Programa de Chuvas de Verão) 2016. A previsão de aumento de 40% no volume de chuva no próximo verão, que começa no dia 21, motivado principalmente pelo fenômeno El Niño, preocupa mais as autoridades.

Devido a esses fatores, a Defesa Civil realizou durante o ano diversas ações preventivas. A principal delas foi a remoção de 322 famílias que viviam em áreas de alto risco por meio do PMRR (Plano Municipal de Redução de Riscos). Também estão sendo feitas vistorias em locais que apresentam perigo para os moradores.

Segundo o Semasa, por conta das fortes ventanias, os pedidos para vistoria de árvores aumentaram 45,5% e, para minimizar a iminência de quedas de galhos, foram feitos 15,7 mil podas em vegetais ao longo deste ano.

De acordo com a diretora da Defesa Civil andreense, Débora Cristina Santos Diogo, os moradores das áreas de risco têm papel fundamental para a prevenção de acidentes. “Nós os ensinamos a identificar possíveis alterações que indiquem perigos. Com isso, eles percebem os problemas e prontamente informam as equipes de monitoramento.”

Para atender as vítimas dos desastres há uma estrutura de 11 escolas e um ginásio que podem ser utilizadas como refúgio, além de outras três instituições de ensino.

 

SÃO BERNARDO

A Prefeitura lançou a Operação Guarda-Chuva em parceria com a Defesa Civil, que envolve 12 secretarias. As ações vão desde as preventivas, como a divulgação do programa, mutirões de informação e palestras em Emebs (Escolas Municipais de Ensino Básico) e UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de bairros que têm áreas de risco até o monitoramento e a coordenação da rede de refúgios nas proximidades de diversas localidades, ação que deve ser realizada em caso de alerta.

Atualmente a cidade tem 42 áreas de risco e o número de ocorrências foi 15% menor em 2014 comparado a 2015, quando houve 355 chamados. Desde 2009 foram interditados 2.153 imóveis, sendo que 64% desse total foram feitos no mesmo ano.

Além disso, foram capacitados 160 moradores desses bairros, como Vila São Pedro e Montanhão, pela Defesa Civil. A ideia é que esses voluntários também auxiliem a Prefeitura a identificar alguma situação de risco.

“Estamos colocando tudo à disposição, envolvendo 12 secretarias. Mas, o papel do cidadão tem muito mais importância. Precisamos nos conscientizar e não podemos permitir acidentes fatais”, disse o secretário de Serviços Urbanos da cidade, Tarcísio Seccoli.

 

RIBEIRÃO PIRES

A Defesa Civil da cidade lançou a Operação Verão Seguro, chamando a atenção para a união da população e do poder público. O órgão já desenvolveu ações preventivas que vão continuar, como vistorias e limpezas nas galerias. O número de chamados aumentou de 900 para 3.200 em relação a 2014.

“Nossa principal preocupação é com as quedas de árvores, já que estamos em uma cidade com forte presença de mata nativa. Estamos preparados para atender a esses chamados”, afirmou o coordenador da defesa civil Miguel Luis Filho.




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