Putin também disse que o Kremlin deve estabelecer uma administraçao direta nesta república do Norte do Cáucaso durante dois anos, excluindo assim toda autonomia ou estatuto particular para os chechenos.

Ao mesmo tempo, a imprensa russa dava conta de duros combates no Sul montanhoso da república, particularmente em Komsomolskoye, localidade onde os russos tentam desalojar os chechenos.

Os combatentes independentistas tentaram, em duas ocasioes, na quinta-feira à noite e na sexta-feira pela manha, romper o cerco de Komsomolskoye, onde ocorrem combates desde domingo, segundo o correspondente da TV privada NTV no local.

Durante sua primeira tentativa, ``os combatentes chechenos caíram num campo minado. Houve dezenas de mortos e feridos', declarou o jornalista. O correspondente afirmou também que o chefe rebelde Ruslan Guelaiev nao abandonou a localidade, baseando-se em escutas de rádio feitas pelos militares. A agência Interfax havia informado anteriormente que Guelaiev conseguiu abandonar Komsomolskoie junto com cerca de cem combatentes.

Segundo o ministro russo da Defesa, Igor Sergueiev, restam ainda três focos de resistência no Sul da Chechênia, que os russos continuam bombardeando intensamente.

Além de Komsomolskoye, outras duas localidades mais a leste, Ulus-Kert e Selmentauzen, estao sob controle checheno, reconheceu o ministro, que disse que entre 300 e 700 combatentes estao entrincheirados em Komsomolskoye.

O ministro nao divulgou um novo balanço de perdas russas durante os combates, mas confirmou a morte de 85 pára-quedistas na semana passada. Num primeiro momento, Moscou havia minimizado as perdas, informando 31 mortos.

Por sua vez, o delegado do Kremlin para os direitos humanos na Chechênia, Vladimir Kalamanov, criticou as organizaçoes internacionais que, segundo ele, experimentam muitas emoçoes sobre a situaçao na Chechênia, mas se apóiam em ``poucos fatos', após um encontro nesta sexta-feira com uma delegaçao parlamentar do Conselho da Europa, que deve visitar a Chechênia no final de semana.