Venceu à meia-noite desta quarta-feira o prazo dado pela Justiça para que cerca de 3,7 mil índios caiovás-guaranis desocupassem as 14 fazendas invadidas nos municípios de Iguatemi e Japorã, no Mato Grosso do Sul. Armados com revólveres, espingardas, arcos e flechas, os índios garantem que vão resistir e seus líderes já avisaram que haverá luta e mortes caso haja tentativa de retirá-los.

A operação de despejo está sendo preparada pela Polícia Federal. O superintendente do órgão no Estado, Wantuir Jacini, já solicitou o envio de reforços à região. O governador José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, disse que o Estado vai apoiar a PF na reintegração de posse e determinou à Polícia Militar que fique em estado de alerta.

Na tarde desta terça-feira, o juiz federal Odilon de Oliveira negou o pedido da Fundação Nacional do Índio (Funai) para que fosse ampliado o prazo para a desocupação das fazendas. De acordo com o administrador da Funai em Amambai, William Rodrigues, a data estipulada pela Justiça foi insuficiente para conversar os índios a deixar a área.