Luciana Domschke assina a direção da leitura. O cáften homossexual Giro (Clayton Marques) explora as prostitutas Dilma (Denise Janoski), Célia (Deize de Assis) e Leninha (Paula Kill). Capanga de Giro, Osvaldo (Alexandre Acquiste) o ajuda a mantê-las sob jugo.
A Cia-Maldita encontrou no Orbital, localizado em região paulistana onde é visível a presença de garotas de programa, lugar propício para a leitura. A ação de O Abajur Lilás se dá no “mocó” pertencente a Giro.
Para Luciana, a peça está “inserida no contexto atual” e remete à invasão anglo-americana do Iraque. “Giro é o dono do lugar e tem dinheiro, sente-se no direito de fazer o que quer”, afirma. “Ele manda e desmanda”, diz Marques, relacionando Giro ao presidente George W. Bush.
O texto escrito na década de 1970 é uma metáfora da opressão da ditadura militar (1964-1985) e do modo como segmentos da população reagiam a ela. Ficou retido na censura por alguns anos.
Oração Para um Pé de Chinelo, com direção de Fransérgio Araújo, e Barrela, com direção de Alexandre Borges, dão seqüência ao projeto em 21 de abril e 19 de maio, respectivamente.
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