O Hospital Beneficência Portuguesa de Santo André foi descredenciado do plano de saúde dos servidores públicos andreenses. O comunicado do cancelamento do convênio foi oficializado há uma semana pela empresa Santamália, terceirizada contratada pelo Instituto de Previdência municipal para gerir o sistema. O rompimento aconteceu após 30 anos de contrato com o Paço, que anteriormente era de forma direta. Há dívida pendente de R$ 4,5 milhões.

Os servidores manifestam preocupação e anunciam protesto na Câmara amanhã. O hospital justificou, por nota, que a Santamália começou a negar procedimentos, internações e cirurgias aos servidores alegando que o montante pago pelo instituto não cobria todas as despesas. “O instituto não nos pagou ainda os serviços prestados em novembro e dezembro. Mês a mês, desde abril, prometem resolver, mas não resolvem”. Afirmou ainda que o diretor do órgão, Remigio Todeschini, prometeu quitar o passivo em 30 de setembro, sem sucesso. Apontou, por fim, que a Santamália enviou carta ao hospital e informou medida unilateral.

Por outro lado, segundo a terceirizada, em setembro, o Beneficência Portuguesa solicitou termo de descredenciamento de todos os convênios com a Santamália. A Prefeitura e o instituto estão dialogando junto à empresa para que haja continuidade ou substituição conforme normas da ANS (Agência Nacional de Saúde). “Pagamentos pendentes de serviços prestados pelo Beneficência, anteriores à Santamália, aguardam disponibilidade de caixa”.