Política Titulo São Bernardo
Paulo Dias critica Cleuza e retoma merenda escolar

Secretário de Educação ataca postura da antecessora em plano polêmico na rede

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
28/09/2015 | 00:00
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Denis Maciel/DGABC


No comando da Secretaria de Educação de São Bernardo desde julho, o vereador licenciado Paulo Dias (PT) condenou a postura de sua antecessora, Cleuza Repulho (PT) – geriu a Pasta entre 2009 e 2015 –, em relação ao corte na distribuição de merenda para alunos do Ensino Infantil da rede.

Em fevereiro, Cleuza, que teve o apoio do prefeito Luiz Marinho (PT), ordenou corte pela metade na oferta de alimentos. O almoço, por exemplo, foi tirado do cardápio das crianças que estudam no período da tarde. O fato gerou muita revolta. Mesmo assim, Cleuza sustentava que o plano não estava atrelado ao corte orçamentário e, sim, à alimentação saudável.

Sete meses depois da polêmica, que teve abertura de inquérito civil por parte do Ministério Público, a situação se normalizou entre as unidades escolares.

Paulo Dias admitiu que a administração passou a rever detalhadamente a distribuição dos alimentos. O petista reprovou a postura de sua antecessora. “Quando se mexe com alimentação precisa ter muita atenção. A ideia era implementar mudança de hábito. No entanto, para isso ser bem-sucedido, é necessário muito diálogo. E isso faltou”, apontou.

A implantação dos cortes na distribuição de alimentos ocorreu no início das aulas, em fevereiro, e pegou até o vereadores da base do governo Marinho de surpresa. Inúmeros foram os protestos contra o plano por parte da sociedade. Diante da repercussão, a Câmara aprovou convocação de Cleuza, em março. A sabatina se tornou acirrado bate-boca entre a então secretária e vereadores da oposição.

“Tem situações em que não retomamos o almoço. No entanto, conseguimos compensar aumentando a oferta de frutas e outros alimentos como barra de cereal. Traçamos um perfil de cada escola e foi possível executar o que precisaria ter refeição completa e a que não necessitava”, pontuou Paulo Dias.

O titular da Pasta garantiu que não precisou onerar orçamento público, salientando que apenas “remanejou” os alimentos entre as escolas.

REPERCUSSÃO
Um dos mais críticos ao novo plano da merenda e autor da denúncia no MP, Julinho Fuzari (PPS) reconheceu que houve diminuição “drástica” nas ocorrências de reclamação entre os pais dos alunos.

“Continuo ativo nas visitas das escolas e o que há hoje é um caso ou outro pontual de reclamação”, discorreu. Um dos líderes da oposição, Julinho não deixou, porém, de criticar o governo Marinho. “A situação hoje está boa, mas porque essa administração recuou. E fez isso de maneira discreta. Percebeu que errou feio. Essa atitude de corte foi feita por problemas financeiros e não com aquele argumento de alimentação saudável. Pelo menos recuaram”, ponderou. 




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