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São Paulo acolhe refugiados

O mundo todo acompanha, atônito, o movimento migratório em massa no planeta, que tem deslocado milhares de pessoas em direção a países da Europa

Por Do Diário do Grande ABC
17/09/2015 | 07:00
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O mundo todo acompanha, atônito, o movimento migratório em massa no planeta, que tem deslocado milhares de pessoas em direção a países da Europa, que se apressam em adotar políticas e criar estruturas para receber contingentes que não eram previstos até há poucos meses. O movimento foge completamente ao fluxo regular da globalização. Poucos sabem, porém, que desde 2014 o Estado de São Paulo conta com um local preparado para receber refugiados, a Casa de Passagem ‘Terra Nova’. Desde então, a casa já recebeu 142 pessoas, segundo balanço divulgado na terça-feira pela assessoria internacional do Palácio dos Bandeirantes. Ali são atendidas pessoas vindas da Síria, Congo, Angola, Bolívia, Camarões, Gana, Guiné e Nigéria. São Paulo é o Estado que mais recebe solicitações de refúgio no Brasil, cerca de 26% do total, segundo a Agência da ONU para Refugiados. A casa de passagem funciona 24 horas por dia e tem capacidade para acolher 50 pessoas simultaneamente. As famílias com filhos de até 18 anos têm atendimento prioritário. O local conta com 11 quartos com banheiros, área de convivência, refeitório, lavanderia, copa e salas de atendimento individual. Oferece apoio social, psicológico e jurídico, atividades culturais, oficina de idioma (Língua Portuguesa) e auxílio para inclusão produtiva. A casa é gerenciada pela Coordenação Regional das Obras de Promoção Humana e o encaminhamento é realizado pelos Creas (Centros de Referência Especializados em Assistência Social), pela Caritas, Missão Paz e Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania.


O que será do automóvel?
O tema da Mobilidade Urbana foi debatida na Cúpula de Prefeitos, ocorrida no Rio, e que reuniu, entre outros, os ex-prefeitos de San Fernando, nas Filipinas, Mary Jane Ortega, de Bogotá, na Colômbia, Enrique Peñalosa; de Londres Ken Livingstone; de Curitiba Jaime Lerner; e de Portland, nos Estados Unidos, Sam Adams. Há um ponto comum nos depoimentos de todos eles: a função do automóvel nas cidades precisa ser revisto por meio de políticas públicas.


O que eles fizeram
Eis um resumo de algumas das experiências relatadas por essas estrelas da Mobilidade Urbana:

Mary Ortega realocou pescadores em áreas de risco para minimizar o impacto dos tufões, e incentivou pessoas a se deslocarem a pé, de bicicleta e de transporte público. Segundo ela, “além de comunicar, você tem que educar”.

Peñalosa construiu 300 quilômetros de ciclovias, além de ampliar espaços públicos, com a retirada de dezenas de milhares de carros das calçadas. Ele defende que o espaço viário pertence igualmente a todos os integrantes da sociedade, com carro ou não.

Livingstone ampliou espaços públicos para uso de pedestres e melhorou o serviço de transporte e corredores prioritários aos ônibus. Segundo ele, para cada dólar ou libra investido em infraestrutura, a cidade cresce duas vezes mais e os prefeitos deveriam liderar esforços para conseguir investimentos, tornando as cidades mais modernas e atraentes para os negócios.

Lerner contou como transformou a cidade em referência de transporte coletivo de qualidade ao implementar, ainda na década de 1970, a modalidade com corredores prioritários de ônibus, mais baratos do que o Metrô. A cidade do futuro não pode ser uma cidade dependente do automóvel, segundo ele.


Ação global
Entre 25 e 27 de setembro, a ONU realizará cúpula para aprovação dos 17 objetivos globais que substituirão os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. A Agenda 2030 (Transformar Nosso Mundo: a Agenda 2030 Para o Desenvolvimento Sustentável) deve movimentar entre US$ 3 trilhões e US$ 5 trilhões anuais e pretende responder aos principais desafios do mundo para erradicar a pobreza extrema e implementar agenda de desenvolvimento realmente sustentável, baseada nos pilares econômico, social e ambiental.


Investimentos no Interior
Presidente Prudente ganhou sábado novo distrito industrial não poluente, batizado de ‘Achiles Ligabô’. Com uma área total de 162,4 mil m², o projeto tem por objetivo desenvolver a economia local com a atração de novas empresas, gerando empregos e oportunidades de negócios. O governo do Estado investiu R$ 11,1 milhões.


Na Assembleia
Alimentos vencidos teriam sido destinados à merenda escolar da rede estadual em 2014, segundo a deputada estadual Márcia Lia (PT). O TCE (Tribunal de Contas do Estado) visitou 135 escolas na Capital e Interior, entre setembro e dezembro do ano passado. Segundo o órgão, o sistema dificulta o controle de estoque.  




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