Oposição atrapalha veto do prefeito de Diadema em verba para Carnaval e abertura de hospital infantil
O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), sofreu ontem outra derrota na Câmara ao ver os vereadores adiarem, por uma semana, a discussão dos vetos às emendas da oposição à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).
O adiamento virou alento dos articuladores do Paço diante de cenário desfavorável no Legislativo e com alto risco de derrubada da decisão do verde em evitar garantir empenho de verba para realização do Carnaval e para retomada do atendimento pediátrico na UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim das Nações, popularmente conhecido como hospital infantil – fechado desde 2012. Os dois pontos eram promessas de campanha de Lauro.
A oposição tinha possibilidade concreta de derrubar os vetos, contabilizando voto do governista Reinaldo Meira (sem partido), que também teve emenda derrubada pelo prefeito. Porém, sem a certeza da adesão de Meira e com ausência do oposicionista Ronaldo Lacerda (PT) por problemas de ordem médica –, o bloco contrário ao governo preferiu esperar a recuperação do petista para impor derrota total ao chefe do Executivo. Articulador da manobra, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), solicitou vistas ao processo e bateu o verde por dez votos a nove.
“Fizemos as emendas respaldadas juridicamente e vamos lutar para proporcionar o melhor para a cidade. O prefeito está falhando com a população”, atacou o petista.
Em julho, a bancada de oposição impôs derrota a Lauro na Câmara ao emplacar emenda de R$ 4,3 milhões para a realização de festas populares na cidade, como o Carnaval, que foi organizado pela última vez em 2012 – ainda na gestão de Mário Reali (PT).
Líder do governo, Atevaldo Leitão (PSDB) assegurou que, mesmo com a queda do veto, não está garantida a liberação de verba para realização de festas populares. “O prefeito só fará se tiver dinheiro. Não se trata de negar festejos e sim de responsabilidade”, comentou.
PLANO DIRETOR
Outra polêmica na sessão que gerou embate foi a modificação no Plano Diretor, enviado às pressas por Lauro. A matéria acabou passando em primeira discussão após acordo entre as bases. “Acordamos de votar favorável hoje (ontem) contando que a segunda votação fosse daqui a um mês e foi o que aconteceu. Nesse período, vamos entender as modificações”, disse Josa Queiroz (PT). Votação em definitivo ocorrerá no dia 10 de setembro.
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