O preço médio da cesta básica no Grande ABC teve alta de 1,28% nesta semana, segundo pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) em supermercados de seis cidades da região (Rio Grande da Serra não integra o levantamento). O preço total do pacote, que inclui 34 tipos de produtos, chegou a R$ 498,15, alta de R$ 6,32. Foi a terceira elevação consecutiva.

Dos quatro grupos analisados, apenas o de higiene pessoal apresentou variação negativa, de 0,28%. Os itens de limpeza doméstica tiveram a maior alta, de 3,34%, enquanto os hortifrúti ficaram 1,98% mais caros. Os produtos alimentícios encareceram 1,06%.

O engenheiro agrônomo Fábio Vezzá De Benedetto, responsável pela pesquisa, destaca o aumento do pacote de feijão, de 12,02%, chegando a R$ 2,89. Segundo ele, a elevação ocorrida agora evita altas ainda maiores nos próximos meses. “Estava muito barato, e nesta época do inverno é muito complicado produzir feijão, porque ele depende de irrigação e quase não está chovendo. Por isso, eu estava achando estranho o preço não subir. Meu medo era de que, se continuasse nesse ritmo, poderia desestimular a produção e, no futuro, a baixa oferta provocaria o encarecimento dele.”

Benedetto comenta que a falta de interesse por parte dos produtores foi um dos responsáveis pelo aumento expressivo da cebola ao longo do ano – desde janeiro, o quilo subiu 182,4%, passando de R$ 2,50 para R$ 7,06. “Em 2014, ficou abaixo de R$ 3 durante o ano todo, o que pode ter dado uma desestimulada na produção.” Por outro lado, ele salienta que a valorização da cebola tem um agravante, que é o fato de não haver disponibilidade do produto no inverno brasileiro. Assim, é preciso importar o item da Argentina e até da Europa.

O tomate, que foi o vilão da cesta em 2014, teve alta de 15,51% e chegou a R$ 5,14 o quilo. Segundo Benedetto, entretanto, a tendência é de que o preço do fruto caia nas próximas semanas devido à elevação das temperaturas.

QUEDAS - A batata teve queda de 5,52% na semana e é encontrada a uma média de R$ 3,08 o quilo. Desde o início do ano, a redução é de 41,77%. As carnes também oscilaram negativamente. O frango recuou 2,98% e foi a R$ 4,89. Os cortes bovinos caíram 1,31% (de primeira) e 1,5% (de segunda).