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PIB pode crescer menos neste ano, estima o Ipea
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19/10/2005 | 00:04
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O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), vinculado ao Ministério do Planejamento, estima uma reversão na produção industrial e nos investimentos no terceiro trimestre do ano. O instituto, que antes previa crescimento nos dois indicadores, agora acredita em recuo de 0,5% e 2%, respectivamente, na comparação com o segundo trimestre. Caso este cenário se confirme, o PIB (Produto Interno Bruto) poderá crescer abaixo do esperado.

Terça-feira, o Ipea divulgou nota informando que o nível de atividade desacelerou no terceiro trimestre. No último boletim divulgado pelo instituto, em setembro, a expectativa era de crescimento de 0,8% do Produto Interno Bruto no terceiro trimestre ante o segundo, e de 3,5% no ano todo, na comparação com 2004.

O economista do Ipea, Estêvão Kopschitz, reconhece que a economia poderá crescer menos no terceiro trimestre. "Os dados recentes de nível de atividade têm mostrado estabilidade na produção industrial, queda nas vendas industriais, desempenho positivo do mercado de trabalho e um nível de investimento menor do que o esperado, podendo mesmo ter havido nova queda do investimento no terceiro trimestre", diz ele.

Investimentos - Os investimentos registraram alta de 4,5% no segundo trimestre, depois de terem caído duas vezes seguidas, no último trimestre de 2004 e no primeiro trimestre de 2005. A estimativa de queda de 2% nos investimentos no terceiro trimestre leva em conta dados de produção de bens de capital e insumos da construção civil, além da exportação e importação de máquinas e equipamentos.

Indústria - No caso da indústria, o instituto informa que entre julho e agosto a produção acumula queda de 0,8% ante os dois primeiros meses do segundo trimestre (abril e maio) e que, para setembro, a projeção é de recuo de 1,6% ante agosto. Caso as projeções para os indicadores de investimento e produção se confirmem, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto para este ano de 3,5% poderá "passar a ser um teto para o ano".

Kopschitz lembra, ainda, que o crescimento do País, ainda assim, será superior à média dos últimos dez anos.




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