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Moradores tentam afastar promotor do caso Barão
Cláudia Fernandes
Do Diário do Grande ABC
21/08/2007 | 07:26
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Os moradores do Residencial Barão de Mauá, no Parque São Vicente, foram à Procuradoria de Justiça para tentar afastar o promotor do Meio Ambiente, Roberto Bodini, do caso. Eles argumentam que perderam a confiaça em Bodini desde dezembro, quando o promotor conseguiu liminar suspendendo decisão judicial de desapropriação dos prédios do condomínio e indenização dos proprietários.

A decisão judicial se baseou em laudos técnicos que comprovam que as 1.760 famílias do condomínio estão vivendo em cima de um antigo lixão industrial, que produz, até hoje, gases tóxicos.

O promotor pediu a liminar para dar à Cofap (ré no processo) uma chance para que faça novo mapeamento da área e apresente projeto de recuperação ambiental sem a necessidade de retirada das famílias. Procedimento que os moradores são contra.

“Ainda não recebemos a resposta. Enquanto isso, nenhum trabalho pode ser iniciado no local. É um absurdo que uma empresa italiana como a Cofap faça esse tipo de proposta a brasileiros”, diz Lindomar de Oliveira Alvim, 37 anos, morador e síndico no Barão de Mauá.

O promotor diz que aguarda uma resposta da Procuradoria de Justiça ainda nesta semana. Ele defende-se dizendo que todas as ações foram baseadas em conversas com técnicos do Ministério Público, especialistas em Meio Ambiente.

“Eles (moradores) têm direito a entrar com ações individuais. Nesse caso, deixam de fazer parte do processo civil. Eu tenho de representar a coletividade e não os interesses individuais”, argumenta Bodini.



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