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Cuba e Brasil criam empresa mista para facilitar comércio
Por Da AFP
02/06/2003 | 14:08
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Companhias cubanas e brasileiras constituíram uma empresa mista, a Bracimex, que atuará como facilitadora de negócios e intercâmbio comercial, visando a incrementar o trânsito de mercadorias e baixar os preços, informou nesta segunda-feira a revista financeira Opciones. A nova empresa de capital misto foi apresentada oficialmente por ocasião da visita à ilha de uma delegação de 36 empresários brasileiros.

Geraldo Ladeira Rosa, gerente da parte brasileira da Bracimex, explicou à Opciones que o objetivo da nova empresa é eliminar os intermediários e negociar diretamente com os produtores, barateando os custos. "Com alguns produtos, conseguimos reduzir os preços, em média, de 30% a 50%, o que é muito bom para a Cimex, para as outras cadeias e para todo o mercado cubano. Se fizermos chegar ao mercado cubano produtos mais baratos, o povo terá mais acesso e consumirá mais", afirmou Ladeira.

Cimex, a coorporação estatal cubana que intervém na empresa mista, tem 42 empresas, 29 delas radicadas em Cuba e dedicadas basicamente ao comércio de serviços. Segundo mais recentes cifras oficiais disponíveis, o comércio bilateral foi de 164 milhões de dólares no ano 2001, com uma balança bem favorável ao país sul-americano, com 156 milhões de dólares em exportações para a ilha, contra apenas oito milhões de Cuba para o Brasil.

"Nossa função será de gestão, de aproximação, de verificação da qualidade dos produtos. Também surgiu a possibilidade de fazermos a promoção de alguns produtos cubanos e levá-los para o Brasil", acrescentou Ladeira.

Por sua parte, José Manuel Castillo, representante cubano na Bracimex, explicou que a empresa atuará como facilitadora em um esforço comum que também tem o objetivo de aproximar as fronteiras geográficas das duas nações para alcançar, inclusive, outros países do Cone Sul. "A Bracimex pretende explorar, preparar e propor em ambas direções negócios de importação e exportação, investimentos e negócios conjuntos que sejam de interesse das empresas do Brasil e de Cuba", enfatizou Castillo.

Os empresários brasileiros que se encontram analisando o mercado cubano procedem basicamente dos setores de têxteis, calçados, móveis, autopeças, soja e operadores frigoríficos.




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