Cultura & Lazer Titulo Música
Angra entre perguntas e muito rock

Temas religiosos e espirituais fazem parte do
novo disco inédito da banda, ‘Secret Garden’

Por Vinícius Castelli
18/02/2015 | 07:00
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Divulgação


Questionamentos religiosos, espirituais e dos poderosos recursos da mente. Tudo misturado com rica gama de elementos sonoros de muita qualidade. É assim que a veterana banda brasileira de heavy metal Angra ressurge após hiato de oito anos sem disco de inéditas.

Seu novo trabalho, Secret Garden (Universal Music, R$ 31,90, em média), oitavo de estúdio, chega às prateleiras com dez composições e várias nuances. Primeiro de estúdio com o cantor italiano Fabio Lione – ele gravou o ao vivo Angels Cry 20th Anniversary Tour –, Secret Garden também marca a estreia do baterista Bruno Valverde no grupo, que é formado ainda por Rafael Bittencourt (guitarra e voz), Kiko Loureiro (guitarra) e Felipe Andreoli (contrabaixo).

Outra novidade é Bittencourt assumindo a voz ao lado da convidada especial Doro Pesch na faixa Crushing Room. Já a holandesa Simone Simons (da banda Epica) na faixa que dá nome ao disco. Gravada na Suécia, a obra levou um ano para ficar pronta e tem pré-produção de Roy Z (que trabalhou com o Judas Priest) e produção assinada por Jens Bogren (com serviços prestados ao Arch Enemy).

Secret Garden narra a história do personagem fictício Morten Vrolik, cientista sueco ateu que é envolvido em acidente de carro no qual sua mulher morre e ele fica sete meses em coma. “Quando ele acorda, tem um trauma para lidar e é abordado por vozes que se aproximam dele e procuram ajudá-lo. Ele mesmo começa a achar que está louco, pois não acredita que essas vozes existam”, diz Bittencourt. “São as experiências espirituais, a espiritualidade, as entidades, dimensões, anjos, aspecto da mente, um recurso para lidar com medo da morte, do desconhecido, ou eles realmente existem?”

Bittencourt revela que a diversidade na formação da banda é importante, com espaço para um ateu, um evangélico, um umbandista e outro que não é praticante de nenhuma religião. “Eu queria, justamente, que os assuntos não tivessem um partido religioso.”. Daí a história que percorre diferentes visões da religiosidade.

E para tecer toda a narrativa o grupo desfila frases pesadas de guitarra junto de solos precisos e empolgantes. Canções com pitadas de rock progressivo também ilustram o trabalho, caso de Storm Of Emotions.

Arranjos bem amarrados dão espaço para sonoridades de piano, percussão, coro, violão e a mistura de gêneros, tudo sem soar datado ou enjoativo. “Acho que conseguimos manter muito do elemento básico, que é o metal, com mistura de rock tradicional, músicas brasileira e erudita, que é o básico do Angra. Temos algumas composições mais para o progressivo, outras para o hardcore, um pop mais moderno, misturando sons eletrônicos”, explica Bittencourt.

Além dos planos de gravar DVD acústico no fim do ano, o Angra tem pela frente turnê mundial, que inclui data no Brasil dia 7 de novembro, às 22h, em São Paulo, no palco do HSBC Brasil (Rua Bragança Paulista, 1.281). As entradas custam de R$ 50 a R$ 170 e já podem ser compradas pela internet (www.hsbcbrasil.com.br). 




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