O prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), e seu novo secretário de Governo, Nilson Bonome (PMDB), articulam ampliar a base governista na Câmara e retomar maioria na Casa. Eleito presidente do Legislativo com apoio dos 11 oposicionistas, Paulo Bottura (Pros), retorna hoje de viagem e será acionado para abrir diálogo com o Palácio da Cerâmica. E, para garantir unidade, a dupla promoveu na noite de ontem animada confraternização com os oito parlamentares aliados em tradicional pizzaria da cidade.

Bottura não conversou com Pinheiro desde que chegou ao comando da Câmara, no dia 15 de dezembro, a contragosto do Paço. “Vou procurar abrir o diálogo com todos os vereadores. Pretendo conversar com o Bottura sobre a relação com o Legislativo. Acho que não será possível uma reunião coletiva, por isso devo encontrar um a um. A intenção é ampliar a base e garantir que as propostas que visem o bem da cidade e da população não sejam prejudicadas”, argumentou Bonome.

Pinheiro afirmou que pretende retomar a boa relação com os 19 parlamentares, algo que tinha quando assumiu a Prefeitura. O peemedebista destacou a importância em ocupar espaço nas comissões permanentes – Justiça e Redação e Orçamento e Finanças – para evitar atraso no andamento de propostas de lei, como ocorreu no ano passado. “Não creio que teremos problemas novamente com as comissões. A intenção, e a meta do Bonome, é buscar esse diálogo. A expectativa é positiva”, avaliou o prefeito.

A confraternização com os aliados, segundo Bonome, serviu para coroar o estreitamento da relação. O secretário disse ter praticamente definido como as demandas parlamentares serão encaminhadas e como discutirá os projetos. “As reuniões com as base devem ocorrer de maneira quinzenal ou sempre que houver uma situação necessária. Mas, sem dúvida nenhuma, a Prefeitura terá portas abertas para conversarmos sempre”, anunciou.

O encontro de ontem, inclusive, contou com a presença de Leandro Pinheiro, filho do prefeito, cotado para assumir as funções deixadas pela irmã, Gica, na assessoria política especial. Comenta-se nos bastidores do Paço que ela se dedicaria aos trabalhos na presidência do PMDB para firmar alianças de olho na reeleição do pai em 2016.

“No momento não estou pensando nisso (nomeação do filho). Em fevereiro farei outra mudança no meu secretariado, mas não quero antecipar”, despistou o chefe do Executivo.