Política Titulo Santo André
‘É descalabro falar em crise’, diz titular de Saúde

Secretário de Sto.André alega que problemas estruturais indicados por vereadores são pontuais

Por Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
08/01/2015 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Alvo recente de fortes críticas de vereadores oposicionistas, o secretário de Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte (PT), alegou ontem ser “descalabro sugerir crise” no setor ao justificar que os parlamentares, até agora, apenas apontaram “problemas pontuais” de infraestrutura em unidades municipais após a realização de vistorias nos equipamentos públicos. “Seria grave (a denúncia) se tivesse falta de medicamentos, pacientes no corredor, caso de negligência, omissão de socorro, ausência de pediatras ou fechamento de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva)”, reclamou.

Homero assinalou que somente este tipo de gravidade deixaria a Saúde da cidade em “situação desconfortável”. De acordo com ele, a atividade nos postos está dentro da expectativa e a questão estrutural “já passa pelas primeiras medidas efetivas”. “Iniciamos processo de reforma. Tinham certas unidades há seis anos sem qualquer espécie de adequações. Estamos nos movimentando. Isso, inclusive, gera alguns transtornos. Se os apontamentos negativos forem de infraestrutura e mosquitos, vão nos dar atestado de bom funcionamento”, complementou.

O G-12, grupo de vereadores independentes, tem feito série de visitas nos PAs (Prontos Atendimentos) e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) 24 Horas da cidade. O bloco promete elaborar relatório e protocolar ofício à administração andreense, solicitando a exoneração de Homero sob argumento de má gerenciamento do sistema, com Orçamento superior a R$ 300 milhões na área. O secretário, por sua vez, discordou da postura. “Não vimos nada de consistente. Aguardaremos o documento final, pois até hoje só existe situação que não foge da normalidade.”

O titular de Saúde se refere aos ataques dos parlamentares em relação ao tempo de espera para atendimento médico – em alguns postos, havia três horas de permanência de pacientes. Homero reconheceu o problema de fila, porém disse que a situação é, “infelizmente, comum, tanto no setor público quanto no privado”. “Nós implantamos sistema de acolhimento por classificação de risco, conforme política do Ministério da Saúde. Diante disso, quem (munícipe) não estiver sob ameaça iminente aguarda rotina.”  




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