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Sem governistas, oposição discute comando das comissões

Parra mira Orçamento; Justiça e Redação está em disputa na Câmara de São Caetano

Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
07/01/2015 | 07:00
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A bancada de oposição ao prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), fez primeira reunião para definir a composição das comissões permanentes da Câmara sem consultar os parlamentares governistas. O grupo, que já elegeu Paulo Bottura (Pros) presidente do Legislativo, quer manter o controle dos postos estratégicos para “fiscalizar” as principais propostas do Palácio da Cerâmica.

Edison Parra (PHS) deve assumir a presidência de Orçamento e Finanças. A chefia de Justiça e Redação é disputada por Marcel Munhoz (PPS), Fabio Palacio (PR) e Fábio Soares (PSD). A definição será discutida ao longo do mês, até dia 3, quando ocorre a primeira sessão ordinária do ano e a eleição das comissões.

No cargo de vice-presidente de Orçamento e Finanças nos últimos dois anos, Parra manifestou interesse ao bloco dos 11 oposicionistas em assumir a presidência da comissão, que deve ser formada, além dele, por Carlos Humberto Seraphim (PPS), Flávio Rstom (PTB) e dois integrantes do governo. A escolha da chefia será dada por votação interna entre os integrantes do grupo.
“Eu me sinto muito à vontade nesta comissão, pois tenho conhecimento do regimento, os trabalhos correm bem. No último biênio, o prefeito mandou projetos péssimos no quesito detalhamento.

Acredito que o cargo permite exigir respeito e satisfação do Executivo à Câmara”, defendeu Parra, que conta com apoio de Seraphim. “Minha preferência é o Parra. O importante é manter o grupo unido”, afirmou o popular-socialista.

Para a Justiça e Redação, o presidente e o vice nos últimos dois anos, Marcel e Palacio, respectivamente, disputam com Soares o cargo máximo da comissão. Além deles, o oposicionista Gérsio Sartori (PTB) e um governista devem completar o grupo.
“Eu me destaquei à frente da comissão. Dei parecer negativo em projetos importantes para o Executivo, mas que prejudicariam a população, como no reajuste da planta genérica que resultaria no aumento do custo do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)”, considerou Marcel.

Líder do governo no último biênio, Jorge Salgado (Pros) minimizou a união da oposição e disse confiar na formação das comissões com base na proporcionalidade de partidos. “O governo tem interesse no que seja o melhor para a cidade. Acima das comissões está a cidade. Quer queiram ou não. Não existe bancada de oito e bancada de 11. Existem 19 vereadores na Casa. Existem os do contra, oposicionistas, oportunistas, e aqueles que acham que tudo dá errado”, cutucou o parlamentar.  




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