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Sai profecia entra magia
Gabriela Germano
Da TV Press
21/02/2007 | 20:52
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O mundo da magia, povoado de bruxas e duendes, é bastante popular, mas também causa aversão a muita gente. Frente à maciça presença de portugueses e italianos no Brasil, a imigração irlandesa no país foi insignificante. Mesmo assim, Elizabeth Jhin resolveu escrever para a Globo uma novela baseada nesses dois assuntos. E, por mais surpreendente que pareça, a idéia agradou.

Eterna Magia tem previsão de estréia para maio. Entrará no lugar de O Profeta, novela atualmente exibida no horário das 18h. No centro da trama está um quadrado amoroso formado por Eva (de Malu Mader), Nina (personagem de Maria Flor), Conrado (interpretado por Thiago Lacerda) e Lucas (de Cauã Reymond). “É uma história passada nos anos 1940 que fala da magia envolvendo as relações de amor entre as pessoas, não só entre homem e mulher”, afirma a autora, durante o workshop que reuniu o elenco do novo folhetim no Projac, complexo de estúdios da Rede Globo, em Jacarepaguá, no Rio.

Elizabeth Jhin confessa que sempre quis escrever alguma história que envolvesse magia. Mineira, conseguiu realizar outro desejo ao escrever a sinopse da novela: fazer com que toda a história se desenvolva em uma fictícia cidade de seu Estado de origem. “Em Minas Gerais, a cultura irlandesa não tem forte influência, mas criei a cidade de Serranias para ser pano de fundo da trama”, explica a autora.

Embalados por uma apresentação de dança irlandesa que ocorreu durante o encontro, alguns atores já sonhavam com feitiçarias. A encantadora Maria Flor era uma das mais empolgadas. “Passei a gostar de magia por causa da novela. Estou lendo livros sobre o assunto e tenho até planos de mexer na decoração de casa para atrair boas energias”, explica a atriz.

Feitiçarias - No folhetim, Maria Flor será Nina, uma bruxinha boa e romântica. Seus poderes, no entanto, não a impedem de enfrentar dificuldades. Sua irmã Eva, interpretada por Malu Mader, também tem poderes sobrenaturais e vai atrapalhar sua vida. Malu, por sua vez, apressa-se em defender a personagem. “Eva não é uma vilã, mas é egoísta. Pensa nela antes de tudo e de todos.”

No time masculino da novela estão os humanos destituídos de poderes fantásticos. O minerador Lucas, de Cauã Reymond, é descendente de irlandeses, cultiva uma paixão secreta por Nina e é cético. “Meu personagem não acredita em magia”, confirma o ator. Quem também não dá a mínima importância para as crenças místicas é o historiador defendido por Thiago Rodrigues, ainda sem nome definido. “Meu personagem desenvolve uma tese de doutorado que contesta a existência e o poder das bruxas”, explica, ao falar que ainda está envolvido com o Léo de Páginas da Vida. “Ainda não comecei a me preparar para o novo trabalho.”

O outro Thiago do elenco, o Lacerda, esbanjou simpatia no momento em que foi convidado para bailar com o grupo de dança irlandesa. Na hora de falar sobre seu próximo personagem, que vai se chamar Conrado, preferiu esconder o jogo: “Recuso-me a falar de um novo trabalho sem ainda ter terminado outro.”

Se Lacerda não fala sobre o novo personagem, não abre mão de se dirigir a autora e ao diretor Carlos Manga para agradecer ao convite que recebeu. Manga, por sua vez, não esconde a empolgação com a produção. Ao lado de Elizabeth Jhin, esbanja elogios. “O projeto é feminino e, mesmo se passando na década de 1940, é muito atual. Foi isso que me atraiu”, afirma, ao defender que as mulheres estão à frente dos homens faz muito tempo.



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