Um dia após tomar posse para seu segundo mandato e afirmar durante discurso no Congresso Nacional de que vai governar para os pobres, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta terça-feira, durante solenidade no Palácio do Planalto, que prepara um 'pacote da cidadania' para os que ele chamou de "desfavorecidos".

"Queremos trabalhar uma espécie de pacote da cidadania para os setores mais desfavorecidos da população. Levar para cada assentamento, por exemplo, além do financiamento, saúde, educação", disse Lula, que revelou que o projeto já é discutido por ministros das áreas sociais. "Falei com os ministros e isso já deveria ter acontecido."

Lula reconheceu que a obrigação de levar qualidade em educação, saúde e saneamento para as comunidades distantes dos grandes centros é do governo federal. No entanto, ele aproveitou a oportunidade para cutucar o empresariado brasileiro. "Nenhuma empresa tem coração grande de levar poste, cabo e transformador se economicamente não tiver retorno", disse. "Isso é obrigação do Estado", completou.

Lula criticou ainda os governos que não investem em determinadas ações em que o benefício acaba não sendo financeiro. "Esse país não pode ser pensado apenas assim. Tem coisa que do ponto de vista do economês não é viável, mas do ponto de vista do social temos que gastar. Temos que ter um pacote da cidadania para atender a periferia mais pobre, chegar com luz, saúde, educação", disse.