Segundo informações da Reuters, o comunicado da Anistia afirma ainda que “a tortura é usada regularmente como forma de obtenção de confissões, para dominar, humilhar e controlar os detentos".
O órgão diz ainda que policiais corruptos usam a tortura para obter dinheiro das pessoas. "Para alguns membros da polícia, geralmente sem treinamento adequado e com pouco pessoal, extrair confissões sob tortura se tornou uma prática comum, o que substitui métodos profissionais e científicos de investigação".
A denúncia da Anistia Internacional é feita no dia em que o Comitê de Tortura das Nações Unidas inicia audiência especial sobre o Brasil. Ainda segundo a Anistia, o Brasil assinou a Convenção contra a Tortura e outras Crueldades, Tratamentos e Punições Desumanas e Degradantes em setembro de 1989, mas falha no cumprimento de suas obrigações. A delegação brasileira apresentará sua primeira avaliação sobre a implementação do tratado.
A sessão desta terça-feira acontece um mês depois que a ONU apresentou um relatório sobre tortura em que o investigador especial Nigel Rodley afirma ter encontrado sinais claros de tortura sistemática de detentos, especialmente pobres e negros.
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