Economia Titulo Alta
Crescem exportações de resinas plásticas
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
14/07/2009 | 07:00
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As exportações de resinas termoplásticas - itens produzidos no Polo Petroquímico do Grande ABC e que são matérias-primas para a fabricação de embalagens e peças de plástico - vêm em ascensão neste ano.

Enquanto todo o setor químico do País registrou queda de 18,7% nas vendas a outros países (em valores) no primeiro semestre, frente aos seis meses iniciais de 2008, as encomendas ao Exterior de resinas cresceram 6%. Totalizaram US$ 779 milhões de janeiro a junho.

Os números são da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), que apontou incremento ainda mais expressivo (de 90,2%), na comparação do volume vendido (em toneladas) do insumo para os fabricantes de artigos de plástico no Exterior. O segmento embarcou 837 mil toneladas, frente às 440 mil toneladas no mesmo período do ano passado.

Segundo o diretor para Assuntos de Comércio Exterior da associação, Renato Endres, vários fatores contribuíram para a melhora nas exportações nessa atividade, entre as quais o mercado externo altamente demandante por esses itens.

Otávio Carvalho, diretor da consultoria Maxiquim, relatou que os fabricantes nacionais que, no ano passado, focavam os negócios para clientes do Estados Unidos, atualmente têm direcionado esforços para a China. "O Brasil soube aproveitar essas janelas de oportunidade", afirmou.

Para o consultor, o País se beneficiou do adiamento de projetos de novas fábricas petroquímicas no Oriente Médio, que teriam vantagens competitivas - devido à estrutura de custos e de logística - em relação ao produto brasileiro, nos negócios com a Ásia.

As vendas ao Exterior de polipropileno (um tipo de resina utilizada para a produção de autopeças) da fábrica do grupo Quattor em Mauá, por exemplo, cresceram 4,81% (em valores), para US$ 19,9 milhões, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Em volume (peso), as encomendas desse item do município para outros países mais que dobraram. Saltaram de 12,1 mil toneladas comercializados no primeiro semestre de 2008 para 26,6 mil toneladas no mesmo período deste ano, também segundo o ministério.

E as exportações dessa cidade para a China cresceram 66,9% nos seis meses iniciais de 2009, enquanto para os Estados Unidos, houve retração de 52,8%.

Carvalho acrescentou que a quantidade vendida cresceu bem mais que a receita obtida porque o preço dos produtos petroquímicos teve forte queda no mercado internacional. Apesar disso, ele argumentou que compensava exportar, devido ao fraco desempenho da demanda interna no início do ano. "A válvula de escape era vender no mercado externo, ao preço que fosse possível alcançar", citou.




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