Durou pouco a harmonia entre dirigentes palmeirenses e santistas, que trabalharam com sucesso nos bastidores para que as semifinais do Paulistão fossem disputadas na Vila Belmiro e no Palestra Itália. O acordo de divisão e venda de ingressos foi desrespeitado pelo Santos, na visão da direção do Palmeiras, que já enviou um protesto formal à FPF (Federação Paulista de Futebol).

A reclamação se deu porque 700 dos 1.200 ingressos prometidos ao Palmeiras foram colocados à venda em Santos e não mandados para São Paulo, como teria sido acordado - as entradas são para o jogo de sábado, na Vila.

Na visão dos dirigentes palmeirenses, tal atitude fere o Estatuto do Torcedor. Por isso, o vice-presidente do clube, Gilberto Cipullo, enviou à FPF uma carta de protesto. O documento começa lembrando que, conforme decisão da reunião do Conselho Arbitral da entidade, na última segunda-feira, havia ficado acertado que o clube visitante, por orientação do Ministério Público, deveria disponibilizar cinco pontos de venda de ingressos.

"Para nossa surpresa, no final da tarde de terça-feira, fomos informados pelo setor de arrecadação do Santos que teríamos direito a somente 500 ingressos e que o restante seria vendido pelo próprio Santos", diz a nota oficial do Palmeiras.