O atacante paraguaio Cuevas, de 28 anos, esteve quinta-feira no CT Rei Pelé, fez parte dos exames médicos e depende apenas do resultado de uma ressonância magnética no joelho para ser anunciado como novo reforço do Santos. É apenas para verificar se não há seqüelas de uma cirurgia a que ele foi submetido há cinco anos e de uma artroscopia mais recente.

Cuevas chega para ajudar Kléber Pereira, que se queixa de não receber a bola em condições para finalizar, e como esperança para destravar o segundo pior ataque do Brasileiro, com apenas seis gols.

Embora os dirigentes não tenham enfrentado dificuldade para tirá-lo do Libertad, do Paraguai, Cuevas é um jogador com história no futebol. A mais conhecida dos brasileiros aconteceu em 22 de agosto de 2002, quando ele marcou o gol da vitória do Paraguai contra o Brasil por 1 a 0, no Castelão (Fortaleza), carimbando a faixa do pentacampeonato mundial, na despedida do técnico Luiz Felipe Scolari.

Na Libertadores, o Libertad não passou da fase de grupos e mesmo assim o atacante fez dois gols. Nelson Rafael Cuevas Amarilla é ainda o maior goleador paraguaio em Copas do Mundo: dois na de Coréia-Japão, em 2002, e um na de 2006, na Alemanha.

Os dois gols do Mundial de 2002 entraram para a história porque o Paraguai perdia por 1 a 0 da Eslovênia, no segundo tempo, e precisava vencer por dois gols de diferença para se classificar às oitavas-de-final.

Cuevas entrou no lugar de José Cardoso aos 16 minutos do segundo tempo e marcou o gol de empate, aos 20, e o terceiro, aos 39, virando herói nacional no Paraguai. Na etapa seguinte, o Paraguai perdeu por 1 a 0 para a Alemanha e foi desclassificado.

Cuca disse que Cuevas foi uma indicação sua e quem tem boas lembranças sobre ele. "É um atacante de velocidade, que joga pelos lados e com 40 partidas pela seleção do seu país. Sempre que ele entrava incendiava o jogo. É mais de fazer assistência", disse o treinador.